22 de novembro de 2024
Agosto Dourado • atualizado em 01/08/2024 às 17:39

Com estoque de leite materno em queda, maternidades municipais de Goiânia pedem doação

As doadoras devem ter cadastro, que pode ser feito presencialmente nas unidades. A coleta é realizada semanalmente
A rede municipal de saúde conta com um Banco de Leite Humano e dois Postos de Coleta de Leite nas Maternidades HMDI e HMMCC. Foto: Ascom/Fundahc
A rede municipal de saúde conta com um Banco de Leite Humano e dois Postos de Coleta de Leite nas Maternidades HMDI e HMMCC. Foto: Ascom/Fundahc

As doações de leite materno ao Banco de Leite Humano (BLH) municipal da capital tiveram queda de 15% no mês de julho. Em agosto, mês de conscientização sobre aleitamento materno na campanha Agosto Dourado, as maternidades municipais de Goiânia convocam as mães que estão amamentando a doarem o alimento tão importante aos bebês.

De acordo com o diretor-técnico da Maternidade Nascer Cidadão (MNC), Rogério Cândido Rocha, a queda em julho é algo comum, entretanto, sempre preocupante. “Esse é um período que muitas doadoras viajam, e isso impacta diretamente no nosso banco, que é responsável por atender à demanda interna e às das maternidades Dona Iris e Célia Câmara”, pontua.

Como doar

As lactantes que querem se tornar doadoras em Goiânia precisam comparecer a uma das maternidades municipais — Maternidade Nascer Cidadão (MNC), Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) — para realizarem um cadastro. Após isso, as equipes das unidades fazem a entrega de frascos esterilizados adequados para doação e agendam a coleta semanal na casa das doadoras.

Além de receber as doações, as equipes dos Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) e do Banco de Leite Humano (BLH) cumprem um papel fundamental de orientar as lactantes sobre técnicas de amamentação, coleta e armazenamento do leite humano. A direção ressalta que antes de ir fazer a doação, é necessário realizar agendamento nas unidades.

Locais de doação

A rede municipal de saúde conta com um Banco de Leite Humano e dois Postos de Coleta de Leite Humano:

Banco de Leite MNC
Funcionamento: todos os dias da semana, das 7h às 11h e das 13h30 às 15h30
Mais informações: (62) 3298-1214

Posto de Coleta do HMDI
Funcionamento: todos os dias da semana, das 7h às 19h
Mais informações: (62) 3956-8887 | 9604-7570 (WhatsApp)

Posto de Coleta HMMCC
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Mais informações: (62) 3121-6265

Segurança nos cuidados com as doações

O pediatra e coordenador do BLH, Sebastião Leite, destaca que é de grande importância retomar o número de doadoras suficientes para atender a demanda mensal para os bebês das três maternidades de Goiânia, que é de 115 litros de leite humano. “É importante esclarecer que nem todo leite doado estará apto para ofertar aos recém-nascidos. O leite materno, assim como qualquer outro alimento, pode sofrer alterações e/ou contaminação, então, sempre que nós recebemos uma mãe para se cadastrar como doadora, fazemos uma série de exames e orientamos a forma correta de como extrair esse leite e depois fazer o armazenamento correto”, esclarece o médico.

Sebastião explica também que todo o leite materno coletado pelas equipes dos Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) e do BLH passa por testes e pelo processo de pasteurização, para assim ser redistribuído para as maternidades. “Hoje, a nossa maior demanda é das maternidades Célia Câmara e Dona Iris, uma vez que essas unidades são de alta complexidade e contam com Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e Unidades de Tratamento Intermediário Neonatal (Utins). O leite humano do nosso banco garante a nutrição de cerca de 110 crianças mensalmente”, afirma o pediatra.

Importância do aleitamento materno

O pediatra reforça a importância do aleitamento materno, que deve ser o alimento exclusivo para bebês até os 6 meses de idade. “Existe um mito que foi reforçado por anos que é o ‘leite fraco’, e isso não existe. O leite materno humano é um alimento completo. Ele diminui o risco de doenças como asma, obesidade, alergias e doenças crônicas na infância e na vida adulta, além de fortalecer os laços afetivos entre mães e filhos”, destaca.

Sebastião explica que a cor dourada da campanha foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), justamente por considerar o leite materno um alimento de ouro. O médicos ressalta que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que as mães amamentem seus filhos, pelo menos, até os 2 anos de idade.


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