O Cruzeiro saiu da Bombonera com uma derrota amarga por 2 a 0 para o Boca Juniors. No primeiro jogo das quartas de final da Libertadores, a equipe mineira fez dois tempos distintos em Buenos Aires e acabou derrotada. A partida ainda ficou marcada pelo uso do VAR em um lance que revoltou os cruzeirense. Na etapa final, o árbitro paraguaio Éber Aquino expulsou o zagueiro Dedé após um choque com o goleiro Andrada.
O primeiro gol do jogo foi marcado aos 35 minutos por Zárate. No segundo tempo, Pérez anotou o segundo, aos 36min. Agora, o Cruzeiro precisa vencer por três gols de diferença na partida de volta para ir à semifinal do torneio ou triunfar por 2 a 0 e se classificar nos pênaltis. O jogo está marcado para o dia 4 de outubro, no Mineirão.
Antes disso, o time tem outra decisão pela frente, também em Belo Horizonte. Na próxima quarta-feira, recebe o Palmeiras pela Copa do Brasil (na ida, venceu por 1 a 0).
O Cruzeiro adotou bem a estratégia de não jogar recuado e com isso suportou bem o que poderia ser a tradicional pressão dos primeiros 15 minutos. Em seu primeiro ataque, Thiago Neves cabeceou no pé da trave e assustou o goleiro. Depois disso, encontrou um meio-campo muito pegado e tentou escapar com movimentação e rápidas trocas de passes. Na defesa, mostrou segurança e demorou a ser ameaçado.
Ao não deixar o Boca gostar da partida, o Cruzeiro suportou com muita segurança as tentativas ofensivas do rival. Seu primeiro susto ocorreu aos 21 minutos, após a bola ficar viva dentro da pequena área e Dedé afastar o perigo. Na tentativa de contra-atacar, Lucas Silva foi desarmado e Benedetto levou perigo no chute de longe.
O Cruzeiro não passava lá aquele aperto, mas o Boca tinha mais a bola e chegava ao ataque com mais frequência com boas inversões de jogo ou triangulações perigosas. Em uma dessas, Pérez encontrou um buraco na defesa celeste e deixou Zárate em ótima condição de entrar livre na área e tocar na saída de Fábio: 1 a 0.
A postura do Cruzeiro após o intervalo mostrou que o time queria sair da Argentina com pelo menos um gol. Em três minutos, assustou por duas vezes. Na primeira, Thiago Neves recebeu sozinho na área, mas falhou na cabeçada. Instantes depois, Rafinha recebeu de Robinho e tocou na saída do goleiro, mas Barrios tirou a bola em cima da linha.
A torcida do Boca comemorou o carrinho do defensor como se fosse um gol. Só depois disso, o Boca tentou atacar de forma mais eficaz e quase marcou o segundo com Zárate, que acertou a trave de Fábio em chute forte de longe.
Aos 24 minutos, o jogo ficou parado após um choque natural de Dedé com o goleiro Andrada após cruzamento da esquerda. Por mais de cinco minutos o jogador do Boca foi atendido dentro de campo. Somente após este tempo, o árbitro Éber Aquino consultou o lance pelo VAR e expulsou o zagueiro celeste. O vermelho foi muito questionado e gerou revolta dos atletas mineiros. Na beira do gramado, Mano aplaudiu ironicamente a decisão.
O Cruzeiro se desmantelou após o gol do Boca. Mano promoveu a entrada de Raniel, mas a equipe já esboçava segurar a derrota simples quando foi castigada mais uma vez. Após cruzamento de Jara, Edílson afastou mal e a bola sobrou para Pérez soltar a bomba e atingir o ângulo direito de Fábio para matar a partida: 2 a 0.
BOCA JUNIORS
Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán, Olaza; Nández, Pablo Pérez (Agustín Almendra), Barrios; Zárate (Villa), Benedetto (Tévez), Pavón. T.: Guillermo Barros Schelotto
CRUZEIRO
Fábio; Edilson, Léo, Dedé, Egídio; Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves (Rafael Sóbis), Robinho, Rafinha (Manoel); Barcos (Raniel). T.: Mano Menezes
Estádio: La Bombonera, em Buenos Aires (ARG)
Juiz: Éber Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Olaza (Boca Juniors); Edílson (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Dedé (Cruzeiro)
Gols: Zárate, aos 35min do primeiro tempo, e Pérez, aos 36min do segundo tempo
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