Na última segunda-feira (2), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado recomendando a nova vacina contra malária. A indicação também foi feita para que países com quadros endêmicos de dengue façam a aplicação da vacina Qdenga, principalmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. A vacina contra a dengue da empresa japonesa Takeda Pharma, foi aprovada para uso no território brasileiro em março de 2023.
Sobre a dengue, a OMS afirmou que a tendência é que a alta nos casos continue por efeito tanto das urbanização desordenada quanto das mudanças climáticas. Em entrevista ao Diário de Goiás, o intensivista Dr. José Israel Sanchez Robles conta que eficácia da Qdenga é mais de 80% a partir de 30 dias do esquema de 2 doses e até 90% das formas de dengue que requerem hospitalização. “Esta vacina é feita com vírus vivo atenuado, gerando uma resposta imune semelhante à produzida pela infecção natural, mas sem colocar a pessoa imunizada em risco”, explica.
O especialista também reforça que os surtos de dengue podem sobrecarregar os sistemas de saúde e afetar negativamente as comunidades. “É importante manter estratégias educativas pelos principais meios de comunicação para conseguir controlar o vetor e incentivar as campanhas de vacinação”, defende. Ele relembra que existem várias vacinas contra a dengue que já foram desenvolvidas e estão em uso em alguns países, mas sua eficácia pode variar.
Mesmo com a vacinação, a prevenção ainda segue como sendo fundamental para erradicar a doença. “Isso inclui o controle do mosquito por meio da eliminação de locais de reprodução, como águas paradas, e o uso de repelentes e mosquiteiros, sendo esta a forma mais eficaz de erradicação desta doença”, afirma Robles.
A vacina, mesmo já tendo sido liberada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até o momento só está disponível em clínicas privadas. A vacina precisa passar pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para fazer parte do Calendário Nacional.
Como novidade, uma versão nacional está em teste pelo Instituto Butantan, a Butantan-DV. Até o momento a previsão é de que os estudos sigam até 2024. Com boas expectativas, a vacina demonstrou eficácia de 79,6% para impedir manifestações graves da doença.
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