14 de outubro de 2024
Economia

Com 91% de votos favoráveis, credores aprovam plano de recuperação da Americanas

Com 91% de votos favoráveis, a homologação do plano deve acontecer a partir do dia 8 de janeiro
A varejista já está em recuperação judicial, mas precisava do aval dos acionistas para pôr o plano em prática. (Foto: Divulgação).
A varejista já está em recuperação judicial, mas precisava do aval dos acionistas para pôr o plano em prática. (Foto: Divulgação).

A assembleia geral de credores (AGC) da Americanas aprovou na noite desta terça-feira (19) o plano de recuperação judicial, com 91% de votos favoráveis. A homologação do plano, que prevê a capitalização de R$ 24 bilhões, deve acontecer a partir do dia 8 de janeiro, no retorno do recesso do Judiciário.

Conforme a proposta aprovada, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles injetarão R$ 12 bilhões para o aumento de capital. Com isso, eles podem chegar a uma participação de 49,3% na varejista. Atualmente, o trio de acionistas tem fatia de 30,1%.

“Esse PRJ (plano de recuperação judicial) é uma peça sofisticada e foi minuciosamente pensado para endereçar a complexidade da dívida e as particularidades da operação da Americanas”, afirmou Leonardo Coelho, CEO da Americanas, antes da apresentação do plano aos credores. A varejista está em recuperação judicial desde janeiro conforme autorização da Justiça do Rio de janeiro, mas precisava do aval dos acionistas para pôr o plano em prática.

Relembre o caso

Em janeiro de 2023, a Americanas admitiu um rombo estimado inicialmente em R$20 bilhões, e que mais tarde se confirmaria o valor de R$ 42,5 bilhões em inconsistências em lançamentos contábeis. Junto da informação do rombo bilionário, vieram também as renúncias do diretor-presidente Sergio Rial e do diretor de Relações com Investidores André Covre, que haviam sido empossados em 2 de janeiro.

Na época, o Conselho de Administração da empresa criou um comitê pra apurar a situação e nomeou, interinamente, para diretor-presidente e diretor de Relações com Investidores, o João Guerra, antes diretor de recursos humanos.


Leia mais sobre: / / / Brasil