O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a se destacar como o chefe de Executivo estadual mais bem avaliado do país, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (22). O levantamento, que mede a aprovação da gestão em oito estados brasileiros, mostra que Caiado mantém índices de popularidade elevadíssimos: 88% da população goiana aprovam a forma como ele conduz o governo, enquanto 9% desaprovam. Outros 3% não souberam ou preferiram não responder. A margem de erro é de três pontos percentuais.
O desempenho repete e reforça a liderança registrada na rodada anterior, divulgada em fevereiro de 2025, quando Caiado também figurava no topo do ranking de aprovação dos governadores. Naquele mês, a aprovação foi de 86%. Agora, os 88% o fazem retornar ao patamar observado em dezembro, consolidando uma trajetória de alta popularidade com oscilações dentro da margem entre as últimas medições. Na comparação com outros estados avaliados pela Quaest, Caiado mantém vantagem sobre nomes bem posicionados nacionalmente; na nova rodada, por exemplo, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), aparece com 84% de aprovação e 12% de desaprovação.
Avaliação de governo: saldo amplamente positivo, com leve piora na percepção “regular”
Além da aprovação pessoal do governador, a Genial/Quaest também aferiu a avaliação do governo. Em Goiás, 70% dos entrevistados consideram a gestão Ronaldo Caiado “positiva”, 22% a classificam como “regular” e 5% como “negativa”; 3% não souberam responder. Em fevereiro de 2025, esses percentuais eram, respectivamente, 74% (positiva), 17% (regular), 4% (negativa) e 5% (NS/NR).
Em termos práticos, a fotografia de agosto indica que a percepção positiva segue muito alta, apesar de uma migração de parte do “positivo” para o “regular” em relação a fevereiro. Ainda assim, o saldo entre avaliações positivas e negativas permanece extremamente favorável à atual gestão (70% x 5%).
Série recente da avaliação de governo
- Dez/2024: patamar de aprovação (pessoal) ao qual se retorna agora.
- Fev/2025: 86% de aprovação (pessoal) e 74% de avaliação positiva da gestão.
- Ago/2025: 88% de aprovação (pessoal) e 70% de avaliação positiva da gestão.
Nota metodológica: “aprovação do governador” (aprova/desaprova a forma como governa) e “avaliação do governo” (positiva/regular/negativa) são medidas distintas. A primeira capta a opinião sobre o líder, enquanto a segunda mede a percepção sobre a gestão em si. É comum que a aprovação pessoal seja um pouco mais alta do que a avaliação “positiva” do governo.
Recortes etários: maioria positiva em todas as faixas
A avaliação do governo se mantém homogênea e favorável entre faixas etárias, com picos de 71% entre pessoas a partir de 31 anos:
- 16 a 30 anos: 69% avaliam como positivo, 23% regular, 4% negativo, 4% NS/NR.
- 31 a 50 anos: 71% positivo, 20% regular, 5% negativo, 4% NS/NR.
- 51 anos ou mais: 71% positivo, 22% regular, 5% negativo, 2% NS/NR.
O dado sugere que a base de apoio ao governo é ampla e intergeracional, sem bolsões etários de rejeição expressiva. A baixa taxa de avaliações negativas (4% a 5% em todas as faixas) reforça a capilaridade da aprovação.
Recortes por renda: aprovação cresce conforme a renda domiciliar
A fotografia por renda domiciliar também é favorável em todos os estratos, com tendência de maior positividade nas rendas mais altas:
- Até 2 salários mínimos: 64% positivo, 24% regular, 7% negativo, 5% NS/NR.
- De mais de 2 a 5 salários mínimos: 71% positivo, 22% regular, 4% negativo, 3% NS/NR.
- Mais de 5 salários mínimos: 74% positivo, 19% regular, 4% negativo, 3% NS/NR.
Mesmo entre famílias com até 2 salários mínimos, a avaliação positiva (64%) supera com folga a regular (24%) e a negativa (7%). Nas rendas intermediárias e mais altas, o patamar de 70%+ de positivo se consolida, com negatividade muito reduzida (4%).
Cenário eleitoral 2026 para o governo de Goiás
A Genial/Quaest também testou a intenção de voto para governador caso a eleição fosse hoje. O cenário mostra liderança numérica do vice-governador Daniel Vilela (MDB), seguido de perto pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB). A distância entre ambos é curta e a disputa tende a ser competitiva:
- Daniel Vilela (MDB): 26%
- Marconi Perillo (PSDB): 22%
- Wilder Moraes (PL): 10%
- Adriana Accorsi (PT): 8%
- Telêmaco Brandão (Novo): 1%
- Indecisos: 14%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 19%
Os números indicam que dois blocos concentrariam o debate inicial: o campo governista, representado por Daniel Vilela, e a principal força de oposição tradicional, liderada por Marconi Perillo. Indecisos (14%) e brancos/nulos (19%) somam 33%, espaço que pode reconfigurar o tabuleiro à medida que a campanha se aproxime e os eleitores se informem mais sobre candidaturas e propostas.
Metodologia
A Genial/Quaest entrevistou 1.104 eleitores presencialmente entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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