05 de dezembro de 2025
Publicado em • atualizado em 26/08/2025 às 19:32

“VITAL, o musical dos Paralamas” chega a Goiânia em outubro com celebração à amizade e ao rock brasileiro

O musical passeia pelas quatro décadas da banda, mostrando desde os primórdios, a amizade entre os integrantes e os primeiros shows amadores. Fotos: André Wanderley.
O musical passeia pelas quatro décadas da banda, mostrando desde os primórdios, a amizade entre os integrantes e os primeiros shows amadores. Fotos: André Wanderley.

Duas forças capazes de transformar vidas: a amizade e a música dão o tom de “VITAL, o musical dos Paralamas”, espetáculo que homenageia uma das maiores bandas do rock brasileiro. Após estrear em grande estilo, a produção desembarca em Goiânia para duas apresentações especiais nos dias 25 e 26 de outubro, no Teatro Madre Esperança Garrido. Os ingressos já estão disponíveis pelo site: www.olhaoingresso.com.br.

Mais do que um tributo à discografia do trio formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, o musical resgata a trajetória de amizade, superação e longevidade artística da banda, que ultrapassa 40 anos de carreira e segue inspirando gerações. A produção também presta homenagem ao empresário José Fortes, considerado o “quarto Paralama”.

Amizade como fio condutor

Escrito por Patrícia Andrade e com direção artística de Pedro Brício, o espetáculo adota uma narrativa não linear, alternando presente e passado sob a ótica da memória. Episódios marcantes da carreira, como os primeiros shows amadores, a estreia no Circo Voador, a participação histórica no Rock in Rio de 1985 e o grave acidente sofrido por Herbert Vianna em 2001, compõem a dramaturgia.

“O espetáculo não é apenas sobre música, é sobre fé, resiliência e amizade verdadeira. A memória é a principal guia da narrativa, trazendo uma mistura de lembranças reais e subjetivas, que também refletem o olhar de Herbert durante sua recuperação”, explica Brício.

Um show de rock em forma de teatro

No palco, os papéis principais são interpretados por Rodrigo Salva (Herbert Vianna), Franco Kuster (João Barone), Gabriel Manita (Bi Ribeiro), com Nando Motta como alternante de Herbert, e Hamilton Dias no papel de José Fortes. O elenco reúne ainda Barbara Ferr, Herberth Vital, Maria Vitória Rodrigues, Pedro Balu e Rodrigo Vechi, escolhidos em audições que reuniram mais de 600 candidatos de todo o país.

A direção musical é de Daniel Rocha, responsável por novos arranjos que equilibram a força original dos Paralamas com a linguagem do teatro musical. Os clássicos que atravessam gerações, como “Alagados”, “Óculos”, “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados” e “Tendo a Lua”, ganham releituras potentes. Algumas cenas incluem arranjos coletivos, com todos os atores tocando instrumentos em cena, recriando a energia de um show de rock.

“O mais difícil foi deixar músicas de fora. A obra dos Paralamas é tão rica que qualquer corte dói. Mas o espetáculo acaba sendo também um documento sobre a história do rock brasileiro”, destaca Andrade.

Cenário e figurinos vibrantes

Com cenografia de André Cortez, o palco é transformado em múltiplos espaços simultâneos, permitindo fluidez entre tempos e lugares. Figurinos de Karen Brusttolin evocam diferentes fases da carreira da banda, especialmente os anos 1980, 1990 e 2000, mas sempre com foco na narrativa emocional e não apenas na cronologia.

A coreografia é assinada por Márcia Rubin, enquanto Paulo Cesar Medeiros responde pela iluminação, João Paulo Pereira pelo design de som e Beto Carramanhos pelo visagismo.

Inclusão e representatividade

Um dos diferenciais do espetáculo é a presença de Herberth Vital, ator PCD selecionado já nas audições. “Não poderíamos contar a história dos Paralamas sem falar de inclusão. E isso não seria verdadeiro sem termos um PCD no elenco”, afirma o produtor Gustavo Nunes, idealizador do projeto ao lado de Marcelo Pires.

Uma obra com aval dos Paralamas

A banda acompanha de perto a produção desde a concepção do texto até a escolha do elenco. “Optamos por valorizar nossa memória cultural, encenando um musical brasileiro com o aval dos artistas homenageados. É uma celebração de quem somos e do que construímos como país”, reforça Gustavo Nunes.

Homenagem ao legado

Patrocinado pela Caixa Vida e Previdência via Lei de Incentivo à Cultura, o espetáculo segue em turnê nacional em 2025. Para a superintendente de marketing da empresa, Elena Korpusenko, apoiar a iniciativa é reafirmar o compromisso com a valorização do legado cultural brasileiro.

“Patrocinar ‘VITAL, o musical dos Paralamas’ é mais do que uma homenagem a uma das maiores bandas do Brasil, é um tributo à longevidade de uma amizade que se mantém forte por mais de quatro décadas”, afirma.

Com emoção, humor, energia e muita música, “VITAL” não apenas celebra a obra dos Paralamas do Sucesso, mas reafirma sua importância como ícone da cultura brasileira.

Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019