07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 13/04/2023 às 17:09

Vila Nova recebe ‘apenas’ R$ 38 milhões com a chegada da Liga de Clubes

Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (Foto - Roberto Corrêa - Vila Nova FC)
Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (Foto - Roberto Corrêa - Vila Nova FC)

As negociações para criação da Liga Nacional de Clubes caminham, mas sem uma expectativa para uma conclusão em um prazo curto de tempo. Existem no momento dois blocos e algumas arestas para serem ajustadas.

Libra: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.

Liga Forte Futebol: ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico*, Operário*, Sport, Tombense e Vila Nova.

Os dois blocos negociam a venda de parte dos direitos de uma possível Liga Nacional – aproximadamente 20% por um contrato de 50 anos – e os valores já são de domínio público, até porque segurar segredo com tantos clubes é algo impossível.

Em relação a Liga Forte Futebol, onde estão Goiás, Vila Nova e Atlético, existe uma proposta que vem sendo negociada no valor de R$ 2,35 bilhões com a investidora norte-americana Serengeti, mesmo não contando com as equipes da Libra.

O discurso de que uma distribuição menos injusta faz parte do principal pilar da entidade, não se concretiza, quando observamos quanto cada clube vai receber na negociação.

A distribuição do dinheiro será feita através de alguns critérios onde pontos são distribuídos de acordo com o número de participações nas duas principais divisões do futebol nacional nos dois últimos anos, times que terminam nas primeiras colocações e quem estará na temporada 2023 na elite do Brasileirão.

Partindo daí o Goiás vai receber R$ 152 milhões; Atlético Goianiense pega R$ 91 milhões e o Vila Nova apenas R$ 38 milhões. Só três clubes ganham menos: ABC, Londrina e Tombense. A injustiça na distribuição que é tão propagada por dirigentes vai continuar, mesmo com os clubes disputando a mesma divisão.

Fazendo um recorte da situação do Vila Nova. Pegar R$ 38 milhões é resolver boa parte dos problemas financeiros. É tranquilidade. Mas quando você traça uma comparação, o clube vai só aumentar a distância para outros clubes que estão dentro da Liga no quesito financeiro, que em muitos momentos faz muita diferença na busca por resultados.

O Vila Nova ainda não tem poder de colocar o ‘pé na porta’, portanto aceita e considera normal e justo o critério que segue criando um abismo.

Confira os valores que cada clube vai receber

  Internacional – R$ 218 milhões
  Atlético-MG – R$ 217 milhões
  Fluminense – R$ 213 milhões
  Athletico-PR – R$ 203 milhões
  Coritiba – R$ 159 milhões
  Goiás – R$ 152 milhões
  Sport – R$ 139 milhões
  Ceará – R$ 121 milhões
  Fortaleza – R$ 121 milhões
  América-MG – R$ 116 milhões
  Avaí – R$ 94 milhões
  Chapecoense – R$ 94 milhões
  Juventude – R$ 93 milhões
  Atlético-GO – R$ 91 milhões
  Criciúma – R$ 62 milhões
  Cuiabá – R$ 57 milhões
  CRB – R$ 43 milhões
  Vila Nova – R$ 38 milhões
  ABC – R$ 33 milhões
  Londrina – R$ 33 milhões
  Tombense – R$ 26 milhões