As negociações para criação da Liga Nacional de Clubes caminham, mas sem uma expectativa para uma conclusão em um prazo curto de tempo. Existem no momento dois blocos e algumas arestas para serem ajustadas.
Libra: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
Liga Forte Futebol: ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico*, Operário*, Sport, Tombense e Vila Nova.
Os dois blocos negociam a venda de parte dos direitos de uma possível Liga Nacional – aproximadamente 20% por um contrato de 50 anos – e os valores já são de domínio público, até porque segurar segredo com tantos clubes é algo impossível.
Em relação a Liga Forte Futebol, onde estão Goiás, Vila Nova e Atlético, existe uma proposta que vem sendo negociada no valor de R$ 2,35 bilhões com a investidora norte-americana Serengeti, mesmo não contando com as equipes da Libra.
O discurso de que uma distribuição menos injusta faz parte do principal pilar da entidade, não se concretiza, quando observamos quanto cada clube vai receber na negociação.
A distribuição do dinheiro será feita através de alguns critérios onde pontos são distribuídos de acordo com o número de participações nas duas principais divisões do futebol nacional nos dois últimos anos, times que terminam nas primeiras colocações e quem estará na temporada 2023 na elite do Brasileirão.
Partindo daí o Goiás vai receber R$ 152 milhões; Atlético Goianiense pega R$ 91 milhões e o Vila Nova apenas R$ 38 milhões. Só três clubes ganham menos: ABC, Londrina e Tombense. A injustiça na distribuição que é tão propagada por dirigentes vai continuar, mesmo com os clubes disputando a mesma divisão.
Fazendo um recorte da situação do Vila Nova. Pegar R$ 38 milhões é resolver boa parte dos problemas financeiros. É tranquilidade. Mas quando você traça uma comparação, o clube vai só aumentar a distância para outros clubes que estão dentro da Liga no quesito financeiro, que em muitos momentos faz muita diferença na busca por resultados.
O Vila Nova ainda não tem poder de colocar o ‘pé na porta’, portanto aceita e considera normal e justo o critério que segue criando um abismo.
Confira os valores que cada clube vai receber
Internacional – R$ 218 milhões
Atlético-MG – R$ 217 milhões
Fluminense – R$ 213 milhões
Athletico-PR – R$ 203 milhões
Coritiba – R$ 159 milhões
Goiás – R$ 152 milhões
Sport – R$ 139 milhões
Ceará – R$ 121 milhões
Fortaleza – R$ 121 milhões
América-MG – R$ 116 milhões
Avaí – R$ 94 milhões
Chapecoense – R$ 94 milhões
Juventude – R$ 93 milhões
Atlético-GO – R$ 91 milhões
Criciúma – R$ 62 milhões
Cuiabá – R$ 57 milhões
CRB – R$ 43 milhões
Vila Nova – R$ 38 milhões
ABC – R$ 33 milhões
Londrina – R$ 33 milhões
Tombense – R$ 26 milhões