Depois das conturbadas saídas de Robston e Edson, o Vila Nova vive mais um triste momento no seu recesso durante os Jogos Olímpicos. Sem entrar em campo a equipe colorada ganhou os noticiários não por conta de novas contratações ou pela realização de bons treinamentos.
As principais informações no Onésio Brasileiro Alvarenga foram relacionadas a forma desrespeitosa como foram tratados os ídolos recentes da agremiação.
A maneira como Robston deixou o Vila Nova criou um mal estar dentro da estrutura do clube. O capitão saiu magoado e a maioria da torcida ficou chateada com a omissão da diretoria que deu as costas para um atleta que ajudou a resgatar o orgulho do torcedor colorado que foi para a lama após dois rebaixamentos.
E para recuperar o ânimo dos vilanovenses o diretor de futebol do Vila Nova em 2015, Hugo Bravo, buscou como primeiro nome para o elenco o centroavante Frontini que já tinha sido decisivo no acesso para o Campeonato Brasileiro da Série B em 2013.
Chegou em Goiânia e uma multidão foi para o aeroporto receber o jogador que firmou contrato por duas temporadas.
Ele foi artilheiro na Divisão de Acesso e o Vila voltou para a elite do Campeonato Goiano. No Campeonato Brasileiro da Série C ele voltou a ser decisivo com seus gols e no jogo que garantiu o acesso para a Série B, Frontini destruiu e teve uma atuação nota 10 com dois gols diante da Portuguesa no Canindé.
O Tigrão terminou a temporada 2015 lotando o Serra Dourada e mostrando mais uma vez ao Brasil a força da sua torcida. Tudo por conta do desempenho de Robston, Edson, Gustavo Bastos, Ramirez, Vítor, Moisés e claro… Frontini, chamado de “mito” pelo torcedor.
Menos de um ano depois o mito é tratado como lixo dentro do clube.
Perdeu com justiça a condição de dono da camisa 9. Seu rendimento caiu e foi parar no banco de reservas. Não reclamou e continuou trabalhando para merecer voltar a condição de titular. Não conseguiu, mesmo assim sempre que entrava no 2º Tempo dos jogos mostrava comprometimento e dedicação. Foi assim com Rogério Mancini e também com Guilherme Alves.
Mas mesmo respeitando o Vila Nova, veio a primeira facada pelas costas quando foi colocado para treinar em separado com outro jogadores que foram descartados pela comissão técnica. Com um salário alto, sua situação começou a ser vista como um problema a ser resolvido.
Mas a diretoria preparou a segunda facada no ídolo.
Sem o consentimento do atleta, uma entrevista foi convocada para anunciar a rescisão do contrato de Frontini. Só que sem um detalhe fundamental para essa ação: Eles não tinham a concordância do atacante e nem um documento assinado autorizando essa divulgação.
E o pior: Frontini foi proibido de treinar com os demais jogadores colorados e foi colocado em uma posição desconfortável e humilhante dentro do clube.
Depois de tomar conhecimento da coletiva do presidente Gutemberg Veronez que afirmou que o jogador cometeu um ato de indisciplina (sem explicar qual foi), o jogador revoltado chamou o mandatário colorado de mentiroso.
Roupa suja lavada na frente da imprensa e os problemas internos do Vila Nova mais uma vez expostos mostrando uma fragilidade ao estar diante de problemas e uma enorme falta de respeito ao zelar com a imagem de seus ídolos.