Após derrubarem sete de nove vetos do Executivo na Câmara Municipal de Goiânia, vereadores da base do prefeito no Legislativo minimizaram críticas contra Paulo Garcia e auxiliares dele. O clima na sessão desta quinta-feira (3) foi mais amistoso.
Durante a semana, o vereador Antônio Uchôa (PSL) reclamou quanto ao tratamento dado pelos secretários, ele destacou que alguns inclusive deveriam ser demitidos pelo prefeito.
“Não estou aqui para fazer interferências em dificuldades partidárias. Alguns secretários estão prejudicando o prefeito Paulo Garcia. Acho que hoje há secretarias que fazem desserviços a população. O reflexo é a derrubada unânime de vetos do prefeito Paulo Garcia. O que for contra ele, vai passar”, afirmou o parlamentar.
O líder do prefeito na Câmara, Carlos Soares (PT) afirmou que a situação ainda está sob controle. Para ele o momento eleitoral ainda não tem interferido diretamente nas ações diárias de apoio a Paulo Garcia e em plenário.
“Não entendo que seja uma rebeldia. Alguns vetos não foram porque o prefeito era contra o projeto, mas porque precisava vetar mesmo, afinal ele precisa cumprir a legalidade exigida a ele. Vai ser assim até o final, com críticas e aplausos também”, afirmou.
Nesta semana, um dos vetos que mais chamou atenção foi relativo a recursos orçamentários do legislativo. A intenção do Executivo era de que o superávit orçamentário do Legislativo não fosse devolvido ao Tesouro Municipal para compor reserva de contingência, como vem acontecendo.
O presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB) entende que a derrubada do veto não foi baseada em questão política, mas sim técnica.
“Acho que houve um equívoco por parte daqueles que ajudaram analisar o procedimento. Já havia. Os poderes são independentes. Se o recurso é da Câmara, deve ser aplicado na Câmara. O prefeito sabe que esta derrubada não foi política, mas sim técnica”, argumentou o presidente da Câmara.