Entrevistado pelo DG, o presidente estadual do PSDB, Giuseppe Vecci, diz que o momento do partido é de reconstrução, e que o fato de duas ou mais chapas disputaram a direção da legenda é positivo. Como dirigente partidário ele defende o consenso, mas avalia que a disputa também pode ser salutar.
“Ainda estamos vivendo o momento de discussão de duas chapas. Se por um lado não demonstra possibilidade de consenso, por outro revela que o partido está aceso, dinâmico. A disputa mostra que apesar de todas as dificuldades que o PSDB enfrentou em nível nacional e regional, há vontade (dos militantes) de que o legado do PSDB seja reavaliado e discutido”, frisa.
Para Vecci, o PSDB tem um histórico positivo ligado ao desenvolvimentismo de Goiás eo do Brasil. “É um partido que trouxe progresso para o Brasil e para Goiás”, sintetiza.
O dirigente tucano evitou comentar os ataques disparados pelo ex-prefeito e ex-deputado estadual Jardel Sebba, que na sua conta no twitter, acusou Vecci pela derrota do PSDB nas últimas eleições.
“É opinião dele pessoal. Eu recebi ontem muitas manifestações de apoio de ex-presidentes e ex-membros da executiva. E acho que eu não tenho que falar nada sobre isto. É uma opinião dele, pessoal, – que eu acho equivocada -, mas que num processo democrático ele tem direito de se expressar”, resume.
Vecci não nega o apoio a candidatura do prefeito de Goianira, Carlos Alberto, o Carlão. “Tanto eu, quanto o Carlão entendemos que o melhor que podemos fazer neste momento é tentar chegar a um consenso. Se não houver consenso, as duas chapas vão para a disputa”, pontua.
De acordo com Giuseppe Vecci, a surra nas urnas nas eleições presidenciais e estaduais ainda está sendo assimilada pelo PSDB. Membro da executiva nacional ele revela em primeira mão que o o partido contratou pesquisas para avaliar o estrago na imagem da legenda, que pode inclusive mudar de nome.
“Temos que ter humildade para avaliar o revés em relação ao PSDB em nível nacional, regional e municipal. Eu sou da executiva nacional do partido, o PSDB está discutindo a reformulação, a refundação, a reconstrução, a mudança de nome. Está fazendo pesquisa e está se movimentando para se reconectar com a sociedade. É indiscutível o legado do PSDB ao Brasil e a Goiás durante o seu período. Mas ninguém vive só de legado. Vive de futuro, de esperança. É preciso que nos conectemos com a esperança do país, para que não só o PSDB, mas a classe política deste brasileira possa demonstrar que é a através da política que podemos melhorar o país”, frisa.
Questionado sobre os 100 primeiros dias da administração do governador Ronaldo Caiado (DEM),m ele foi sintético. “Eu sou daqueles que torce pelo quanto melhor, melhor, mas, infelizmente, não acho que é isto que está acontecendo”.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .