Sempre participativo nos últimos pleitos em Goiás, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) descarta uma candidatura ao governo do Estado no ano que vem. “Não está nos meus planos disputar eleição em 2022. Hoje está totalmente fora de cogitação”, ressalta em entrevista ao jornalista Altair Tavares, nesta quarta-feira (20/10). “O partido está trabalhando e estou ajudando nisso para formar uma boa chapa de estadual, federal e que estejamos numa boa chapa majoritária para que o Henrique Meirelles possa disputar ao Senado”, reforça. Candidato ao governo de Goiás em 2014 quando ficou em terceiro lugar no pleito e nas duas últimas eleições à prefeitura de Goiânia, em 2016 e 2020 pretende continuar em Brasília pelos próximos anos.
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Vanderlan Cardoso também destaca que vê com bons olhos uma possível pressão que o presidente Jair Bolsonaro faz para que Goiás tenha um candidato ao Governo que represente o bolsonarismo e abra palanque para o capitão da reserva. “Nos últimos dias intensificou muito nos bastidores que o presidente Jair Bolsonaro quer ter uma candidatura à governador no estado de Goiás. Eu vejo como positivo. O presidente precisa de um palanque no estado de Goiás”, destaca.
Para essa representação, coloca o nome de Major Vitor Hugo como candidato natural. “O Major Vitor Hugo sempre foi um defensor do presidente desde o primeiro turno das eleições em 2018, foi líder dele na Câmara, então, é muito ligado ao presidente no estado de Goiás e é um dos parlamentares que tem maior ligação com o presidente é o Major Vitor Hugo”, pondera Vanderlan Cardoso.
Questionado se o seu nome não seria um bom representante do bolsonarismo, já que desde o inicio de seu mandato no Senado Federal, tem se alinhado positivamente nas pautas do presidente da República, Vanderlan Cardoso também descarta.
Leia a entrevista na íntegra do senador da República, Vanderlan Cardoso com o jornalista e editor do Diário de Goiás, Altair Tavares:
Altair Tavares: Como o senador está vendo as movimentações dos partidos visando as alianças para 2022?
Vanderlan Cardoso: Eu tenho visto todos os partidos se movimentando, inclusive, o PSD que tem como pré-candidato o Henrique Meirelles. Todos aguardando as regras do jogo. Vai ter coligação? Não vai ter coligação? De acordo com as novas regras, os partidos estão procurando ir atrás de candidatos à deputado estadual, federal, senador e até mesmo governador.
AT: Nesse contexto, qual sua visão do que seria melhor para o PSD? Alinhar com Mendanha, Caiado?
VC: O meu posicionamento logo que passaram as eleições, falando como senador, eu não falo sozinho pelo partido, era de estar apresentando e caminhando numa chapa com o governador Ronaldo Caiado apresentando um nome competitivo que era o do Henrique Meirelles, pré-candidato ao Senado. Houve uma antecipação da chapa para a vice, já é uma prerrogativa do governador ao MDB, ficando essa vaga do senado a ser discutida. O próprio governador já disse que vai ser somente no ano que entra, talvez próximo as convenções. O PSD então, está conversando e dialogando com outros pré-candidatos que tem se apresentado, entre eles está o Gustavo Mendanha. Outros nomes tem sido cogitados, como o Major Vitor Hugo, o PSDB deve ter candidato também pelo que a gente está ouvindo falar nos bastidores e tem outros nomes que devem aparecer. Tem o Jânio Darrot que é do Patriota e foi um dos primeiros a colocar o nome como candidato e é um excelente quadro a candidato ao governo.
AT: O fato de Caiado puxar para a aliança um partido com o qual o senhor disputou a Prefeitura de Goiânia, deixa o senhor desconfortável para integrar a essa aliança?
VC: Não há esse desconforto até mesmo porque acho que você já ouviu falar que o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã e isso vale para o MDB. Foi meu aliado em 2018, adversário em 2020. Isso não teria problema nenhum. O governador está no direito dele de ampliar sua base de sustentação para a reeleição. A forma como foi feita é que não agradou muita gente, inclusive a mim. Não houve um diálogo, até hoje eu não conversei com o governador ainda, sobre essa questão da aliança até mesmo para ver qual é o pensamento dele. Eu como um aliado, acho que deveria ter essa conversa. Eu sei que nos próximos dias a gente vai estar conversando, sendo sincero e franco, não agradou de hipótese alguma a forma como foi feita.
AT: Você coloca o Major Vitor Hugo como candidato ao governo de Goiás. Essa ideia de um candidato bolsonarista como o senhor avalia?
VC: Nos últimos dias intensificou muito nos bastidores que o presidente Jair Bolsonaro quer ter uma candidatura à governador no estado de Goiás. Eu vejo como positivo. O presidente precisa de um palanque no estado de Goiás e o Major Vitor Hugo sempre foi um defensor do presidente desde o primeiro turno das eleições em 2018, foi líder dele na Câmara, então, é muito ligado ao presidente no estado de GOiás e é um dos parlamentares que tem maior ligação com o presidente é o Major Vitor Hugo.
AT: O senhor não poderia ser esse representante?
VC: Não está nos meus planos disputar eleição em 2022. Hoje é totalmente fora de cogitação. O partido está trabalhando e estou ajudando nisso para formar uma boa chapa de estadual, federal e que estejamos numa boa chapa majoritária para que o Henrique Meirelles possa disputar ao Senado.
AT: Não está nos seus planos hoje, mas isso pode mudar amanhã com as mudanças dos contextos?
VC: Não tô cogitando isso, muito dificil para não dizer impossível nós participarmos como candidato nas eleições em 2022.
AT: Como você tem acompanhado essa possível ida do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira ao PSD. O senhor apoiaria, caso desse certo?
VC: Não só apoiaria como reforcei esse convite que foi feito pelo presidente Vilmar Rocha, pelo deputado Francisco Júnior, várias vezes para que o Lissauer que hoje é uma liderança política no estado de Goiás que venha para o PSD.
AT: O que acha que será o grande tema e como será o cenário das eleições em 2022?
VC: Tudo está indefinido. Tivemos a pandemia. Estamos vivendo momento de inflação, aumento de preço, como a população vai encarar isso. Aumento dos alimentos, combustíveis, energia, gás, ela vai colocar essa culpa só no governo federal? vai ser no estado? nos parlamentares? Como ela vai se comportar em relação a isso? No momento está indefinido as eleições no estado de Goiás e no Brasil? Quem va vir, quem vai firmar como terceira via? No estado de Goiás mesmo… Quem são os nomes que estão ai hoje que estão sendo colocados ai hoje e vai agradar o eleitor para ser oposição ao governador Ronaldo Caiado ou sendo competitivo para disputar as eleições. Está indefinido e também está muito longe.