A propagada união da oposição em Goiás para enfrentar Marconi Perillo(PSDB) está mais do que distante. E por que não dizer, praticamente, impossível para o primeiro turno da disputa para o governo de Goiás? A desistência da candidatura de Júnior Friboi (PMDB) e a evidente exposição do retorno de Iris Rezende adiciona ingredientes para a união da oposição? Não, longe disso.
Há um ano, quem diria que o fato novo da eleição de 2014 para governador de Goiás fosse a divisão interna do PMDB? Quem diria que a filiação de Júnior Friboi, que foi considerada e alardeada como uma grande tacada para fortalecer o PMDB, agora está colocada como o fator que dividiu o partido?
Faz um ano que a candidatura a governador de Antônio Gomide (PT) era uma rara especulação que era sustentada por alguns aliados do ex-prefeito de Anápolis. Agora, está colocada como uma realidade. E mais, Gomide deixa entender que independente do que acontecer na escolha de novas de candidatos a governador da oposição, o PT não vai desistir.
Qual a única movimentação possível, então, no cenário da oposição no sentido da união? É muito provável que o palco da disputa fique exatamente como o presidente regional do PSDB, Paulo de Jesus, afirmou em entrevista à Rádio Vinha FM. “Quanto mais candidatos na oposição, melhor”, disse ele.
A penúltima semana de maio, no cenário eleitoral, mostrou o principal partido de oposição expondo e aprofundando feridas. Nem o grupo irista, nem o grupo friboizista, no PMDB, levou qualquer lucro com tudo isso. Ambos, vítimas. E como dizia o peemedebista Tancredo Neves: “Política não se faz sem vítimas”.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .