O impasse no sistema de transporte coletivo continua, mas pelo menos a situação ficará mais tranquila nos próximos dias. Em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho ficou decidido que os motoristas farão assembleia no próximo dia 1° na sede do Sinditransporte. Este sindicato será o responsável por conduzir a Assembleia que terá a mediação do Ministério Público do Trabalho e ajuda do Tribunal Regional do Trabalho.
Na oportunidade, será feita a análise da ratificação das negociações anteriores, ou seja, da proposta inicial do Setransp: 7% de aumento nos salários, outros 7% de reajuste na gratificação suplementar e aumento do ticket alimentação de 375 para 435 reais.
A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Janilda Guimarães, defende que desta forma, o processo será mais transparente, pois a categoria será ouvida.
Durante a audiência, o Setransp apresentou proposta para que as negociações fossem reabertas, mas sem a participação de Sindicoletivo ou Sinditransporte.
O desembargador Aldon Taglialegna, colocou que o Sinditransporte representa oficialmente a categoria, mas não tem o apoio dela ou de pelo menos da maior parte. Desta forma, ele consultou o advogado do Sindicoletivo, que fez uma rápida assembleia com os presentes que decidiram avaliar em assembleia a proposta já encaminhada pelo Setransp.
O presidente do Sinditransporte, Alberto Magno, argumenta que o sindicato que ele representa não sai enfraquecido.
Já o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, entende que esta foi a melhor saída e que o sindicato fará esforços para manter o funcionamento do sistema até a realização da assembleia da categoria.
Quanto a possíveis punições a motoristas, o vice-presidente do Setransp, Décio Caetano, afirma que não deve ocorrer, mas se trabalhadores que não cumprirem o que foi acordado insistirem em paralisar as atividades, aí sim poderão sofrer punições.
Já em relação a avanços das negociações, Caetano argumenta que a reabertura de discussões não significa, necessariamente, que uma proposta diferente da que já foi apresentada possa ser avaliada.
Após a assembleia do dia 1° de junho, foi marcada uma nova audiência no dia 4, para saber quais foram os avanços. Se os motoristas concordaram ou não com a proposta do Setransp. Até lá, houve compromisso de que não ocorrerão paralisações do sistema de transporte coletivo.