Vilmar Mariano, Leandro Vilela, Glaustin da Focus, Professor Alcides, Ademir Menezes… A lista de possíveis candidatos a prefeito de Aparecida de Goiânia não para de crescer.
Segunda maior população do estado (600 mil habitantes), PIB de mais de R$ 13 bilhões, Aparecida é também referência política, que cresceu quando o ex-governador Maguito Vilela assumiu a prefeitura e, depois, quando Gustavo Mendanha, eleito e reeleito, virou referência de gestão e candidato a governador.
Vilmar Mariano é o prefeito improvável. Acabou ficando com a vice de Gustavo no momento em que este procurava organizar sua chapa de modo a facilitar a vida de Maguito, candidato em Goiânia. Candidato à reeleição, Vilmar ora conta, ora não conta com o apoio de Gustavo, que, apesar de derrotado por Ronaldo Caiado para o governo, permanece como principal cabo eleitoral na cidade.
Leandro Vilela, ex-deputado federal, tem seu nome citado com frequência por conta, principalmente, do sobrenome. A diferença em relação a Maguito, no entanto, está na história. Quando Maguito se candidatou a prefeito, mesmo sem nunca nem ter morado lá, causou sensação por se tratar de um político com nome consolidado, nacional, que dava ao eleitor local a expectativa de crescer.
Glaustin e Professor Alcides são empresários de sucesso, deputados federais com base na cidade. Mais conhecido, mais popular, Professor Alcides lidera pesquisas internas, neste momento. Glaustin admite candidatura, mas pouco fez até agora para se consolidar. Ao contrário de Alcides.
Ademir Meneses, ex-prefeito, ex-vice-governador, está fora da política há algum tempo. O tamanho de seu capital político é incerto. Até onde está disposto a entrar mesmo na disputa? Seus adversários, pelo menos esses citados aqui, têm recursos e estrutura para a disputa. Este é o primeiro ponto de avaliação para uma possível candidatura sua.
Nenhuma candidatura, porém, é tão forte sozinha quanto pode ser com o apoio de Gustavo Mendanha, que prepara retorno ao MDB. Ele continua como referência para o eleitor, a ponto de surgir com chances de eleição, por exemplo, em Goiânia, desde que Ana Paula Rezende não seja o nome do MDB na disputa e a Justiça lhe dê o aval. (Hoje um prefeito reeleito não pode ser candidato a um terceiro mandato consecutivo mesmo que o dispute em um município vizinho.)”
E mais forte está Gustavo com a aproximação ao governador Ronaldo Caiado. A aliança tira de cena a possibilidade de Caiado apoiar um e Gustavo outro nome. Mais do que nunca, Gustavo tende a ter a prerrogativa de apoio na cidade, com Caiado e seu vice, Daniel Vilela – filho de Maguito – ou acompanhando seu gesto ou se abstendo de embate direto como apoiador.
Muitos são os pretendentes em Aparecida, mas por enquanto só Gustavo Mendanha, que não pode ser candidato, tem chance de vencer. Basta que entre em campanha a favor de um dos concorrentes. No mínimo, vai complicar muito a vida dos adversários. Gustavo ou é um aliado indispensável, ou uma pedra no meio do caminho de quem sonha com a prefeitura.
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).