29 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 03/05/2019 às 23:20

Suspenso fechamento do Hospital Materno Infantil

Secretário diz que pico está próximo. (Foto: Altair Tavares)
Secretário diz que pico está próximo. (Foto: Altair Tavares)

A Justiça do Trabalho suspendeu nesta sexta-feira, 3, o pedido de interdição do Hospital Materno-Infantil (HMI), do governo de Goiás, em ação da  Procuradoria-Geral (PGE-GO). O órgão impetrou ação cautelar pedindo nulidade do termo de interdição do HMI na quinta-feira, 2.

Na decisão, o Estado tem 15 dias para demonstrar o cumprimento das exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, das quais cerca de um terço já foi adequado, segundo a assessoria de imprensa da gestão estadual.

No documento, a juíza do trabalho Girlene de Castro Araújo Almeida reconhece, em concordância com o que apresentou a PGE, que as condições dos equipamentos de saúde, muitas vezes, são precárias e geram prejuízos aos trabalhadores. E acrescenta: “Todavia, com razão, o requerente quando aduz que a medida, na forma como praticada, extrapola limites de razoabilidade e proporcionalidade”.

Ainda segundo a magistrada, “a interdição completa de unidade hospitalar pública, prestadora de serviços ao SUS, de fato geraria riscos e danos à saúde da população que necessita de atendimento”.

O HMI é uma unidade hospitalar estratégica dentro da Rede de Atenção à Saúde no Estado de Goiás e, na liminar, a PGE esclarece que sua interdição ocasionaria danos imprevisíveis para a assistência de crianças e gestantes no Estado.

O documento ainda destaca o fato de que a interdição só foi determinada após quatro meses de instalação da auditoria realizada, “o que gera dúvidas sobre a urgência alegada”. Além disso, chama atenção para o prazo extremamente exíguo (dez dias) para a interdição e, também, para a falta de laudos emitidos por profissionais técnicos habilitados que indicassem a real necessidade de desocupação.

Contestação

“A nossa análise é que a indicação de problemas na estrutura é real, em relação a questão de insumos ela não corresponde a veracidade dos fatos. Nós não negamos o fato de que a estrutura não é adequada, mas nos refutamos por completo a forma que foi tomada por interdição. Nós consideramos uma medida totalmente desproporcional que coloca em risco a vida das pessoas que lá estão internadas”, pontuou o secretário de saúde do governo de Goiás, Ismael Alexandrino, em entrevista ao Diário de Goiás.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .