O desempate mais discutido hoje não é o do futebol. Nesta quarta-feira (18), no STF (Supremo Tribunal Federal) caberá ao ministro Celso Mello chutar a bola e finalmente desempatar o placar de 5 a 5, que decidirá se 12 dos 25 condenados do mensalão terão direito a um novo julgamento. Mesmo não sendo uma tarefa nada fácil, o ministro declarou em entrevista neste sábado (14) ao Estadão, que não se sente pressionado pelos colegas da corte “…Eu leio o noticiário e, a despeito do que se fala, não sinto nenhum tipo de pressão…”
Mesmo sem dar o veredito, Mello defendeu o direito aos embargos infringentes apesar de essa ser a primeira vez que a Corte utiliza esse recurso para questionar decisões dentro de ação penal.
Ainda esta semana, enquanto concedia entrevista a um jornal, o ministro que tomava café em um shopping com a filha, foi abordado por duas mulheres, que pediram a ele que não decepcione na decisão do voto.
Ministro que já era a favor dos embargos infringentes, mantém posição
Uma matéria publicada pelo portal G1 mostrou que desde o ano passado, a posição do ministro Celso Mello já era favorável aos embargos infringentes e com o adiantamento da decisão, ficou claro ainda que ele ainda mantém a mesma convicção, como afirmou durante a entrevista ao portal: “Não vejo razão para mudar. Eu tenho meu texto já pronto, preparado, ouvi atentamente todas as razões constantes dos votos, tanto do relator como daqueles que divergem do relator, formei minha convicção e na próxima quarta-feira irei expor de maneira muito clara, muito objetiva todas as razões que me levam a definir a controvérsia que está agora em exame.”.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .