O Goiás Esporte Clube no próximo sábado (25), volta a jogar no Estádio Serra Dourada. Confronto diante do Goiânia, pelas quartas de final do Campeonato Goiano. Foi um longo tempo sem o Verdão no principal palco do nosso futebol. A última vez da equipe alviverde por lá, foi contra o Grêmio em dezembro de 2019. Michael ainda encantava a todos com suas jogadas com a camisa esmeraldina.
De lá para cá, veio a pandemia do coronavírus e a diretoria do Goiás optou por realizar seus jogos no Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha). Inicialmente por uma questão de custos, já que com a proibição de público, o importante era um bom gramado.
Os torcedores foram liberados e o Goiás continuou jogando em casa. Foi uma decisão da gestão de Paulo Rogério Pinheiro que se baseou no fato de ser mais barato para o clube, de mais liberdade para ações de marketing e pelo controle dos bares e catracas – algo que foge dos times no Serra Dourada.
Até contra os gigantes Flamengo, Corinthians e São Paulo, o Goiás utilizou a Serrinha no Campeonato Brasileiro e buscou valorizar seu torcedor. A praça esportiva também foi o palco dos clássicos contra o Atlético-GO na decisão do Campeonato Goiano e nos confrontos pela Copa do Brasil.
Na Serrinha o Goiás ainda não deu uma volta olímpica e não tem grandes feitos. Diferente do Serra Dourada, onde foram registradas suas principais conquistas, porém isso ficou lá atrás. Hoje ele é um estádio que parou no tempo. Por conta da iluminação atrasada, se quer pode receber jogos da Série A do Brasileirão.
A escolha pela Serrinha é muito acertada. Só que é uma decisão que traz a necessidade de melhorias na estrutura do estádio e na sua ampliação. É uma praça esportiva que ainda não está pronta e o Goiás deveria se esforçar mais para viabilizar através de parceiros sua reforma. Coloca-la do tamanho do clube.
Para quem gosta do Serra Dourada vão ficar as lembranças e elas precisam ser valorizadas. Por lá brilharam Lincoln, Pastoril, Luvanor, Zé Teodoro, Uidemar, Túlio Maravilha, Carlos Magno, Péricles, Araújo, Dill, Josué, Fernandão, Paulo Baier, Harlei, Michael e tantos outros.
Serão eternos os títulos como o pentacampeonato estadual, as decisões contra o Independiente na Sul-Americana e o Flamengo na Copa do Brasil, os jogos pela Copa Libertadores em 2005 e as grandes campanhas no Campeonato Brasileiro.
Mas ficou no passado, como infelizmente o Serra Dourada. Que precisa buscar uma alternativa para ser atraente para os clubes.