28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 07/12/2014 às 10:12

Semana decisiva. Vereadores definem novo presidente da Câmara. IPTU fica em segundo plano

Será realizada na próxima quinta-feira (11) a eleição da Presidência da Câmara Municipal de Goiânia. Articulações acontecem tanto na situação como na oposição.

Oposição e Grupo Independente

De um lado está a oposição que a princípio tenta composição com o chamado Grupo Independente. Os oposicionistas teriam 12 votos e o Grupo com 8, sendo 4 do Bloco Moderado e outros 4 da base do prefeito Paulo Garcia. Desta forma teriam 20 votos, o que daria a maioria, contra apenas 15 da base.

No grupo oposicionista está o vereador Tayrone Di Martino. Ele entende que a ideia não é se colocar contra ao prefeito Paulo Garcia, mas sim tentar evitar que o legislativo seja apenas uma extensão da Prefeitura de Goiânia.

“Esse grupo não quer fazer oposição ao prefeito, mas sim adotar postura de independência em relação ao executivo. Algumas vezes se tem a impressão que a Câmara está virando uma secretaria do município”, argumenta o vereador petista.

O líder do Bloco Moderado, Zander Fábio (PSL), avalia que é preciso o grupo se desprender de vaidades se quiser vencer a disputa interna na Câmara.

“Quando se vai fazer uma composição, todos nós temos que estar desprendidos. Queremos fazer um projeto. Tivemos até agora boas conversas. Precisamos evoluir para que a gente consiga ter uma mesa forte. É claro que com a união deste grupo teríamos número mais que suficiente para eleger o novo presidente da Casa”, ressalta Zander.

Na oposição os nomes que foram colocados como possíveis candidatos são de Geovani Antônio e Anselmo Pereira, ambos do PSDB. No Grupo Independente: Rogério Cruz (PRB) e Zander Fábio (PSL).

Nos bastidores, vereadores que fazem parte dos dois grupos esperam se a aliança realmente se concretizará. Há quem diga que a aliança entre Oposição e Grupo Independente não se consolidará. O problema é que cada grupo quer apresentar o seu candidato.

Base do prefeito

Já na base do prefeito, o clima também é de muita articulação. Entre os nomes cogitados estão os dos vereadores Carlos Soares (PT), Célia Valadão (PMDB) e até mesmo do atual presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB).

Para Carlos Soares a dificuldade é por ser o único fiel ao PT, já que Tayrone Di Martino e Felisberto Tavares adotaram posicionamentos diferentes do que foram orientados pelo diretório municipal em algumas situações.

Tavares inclusive pode ser expulso por infidelidade partidária, por ter apoiado a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB).

Para a líder do prefeito na Câmara, Célia Valadão, pesa contra o desgaste sofrido pela base de Paulo Garcia, com algumas derrotas importantes ou retiradas de projetos em momentos específicos.

Nos bastidores parlamentares reclamam da falta de articulação da líder do prefeito.

Já o presidente da Câmara Clécio Alves, na última semana preferiu não fazer declarações quanto às eleições na Casa. Há alguns dias, em entrevista ao Diário de Goiás, o atual chefe do poder legislativo havia dito que a princípio não tinha interesse em disputar reeleição.

““Essa discussão se iniciou, pois tem vereadores que há seis meses estão debatendo esta questão, mas no momento não tenho a intenção. O que quero é desejar sorte para quem me suceder”, descreve.

No entanto, na base de Paulo Garcia, vários parlamentares não acreditam que Clécio Alves estará de fora da disputa, principalmente após não conseguir ser eleito deputado estadual nas eleições de outubro.

Correndo por fora há ainda o nome do vereador Deivison Costa (PT do B) que já foi presidente da Casa e está fazendo articulações para aglutinar base e oposição no legislativo em torno do nome dele.

Na última quinta-feira (4), o prefeito de Goiânia foi questionado a respeito das eleições na Câmara Municipal. Ele espera que o novo presidente do legislativo municipal seja sim da base dele, por uma questão de “afinidade política”. De toda forma, Paulo Garcia destaca que não pretende fazer indicações de nomes.

“A Câmara é um poder independente. Tem total liberdade para eleger quem ela entende que conduzirá melhor. Não vou ser hipócrita de não afirmar que o nosso desejo é de trabalhar por alguém que tenha uma relação política mais afinada conosco, isso é sempre assim, para que a relação se faça de forma mais tranquila, de forma mais harmônica. Mas eles têm que escolher não eu”, destaca o prefeito da capital, Paulo Garcia.

Semana de articulações

Por conta das eleições da presidência da Câmara, as discussões sobre o projeto de atualização do IPTU que ainda está na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, devem ficar em segundo plano.

Vereadores destacam que as articulações apresentadas são apenas de momento e que a qualquer instante tudo pode mudar.

 Entenda a divisão para a disputa da presidência da Câmara

Oposição

(PSDB): Anselmo Pereira, Cristina Lopes, Dr Gian, Geovani Antônio e Thiago Albernaz.

(PSB): Elias Vaz e Pedro Azulão Júnior.

(PC do B): Tatiana Lemos.

(SDD) Djalma Araújo.

(PT) Tayrone Di Martino.

(PSD) Virmondes Cruvinel.

(PRTB) Fábio Lima.

 Grupo Independente

(PROS) Divino Rodrigues, Paulo da Farmácia e Welington Peixoto.

(SDD) Paulo Magalhães.

(PT) Felisberto Tavares.

(PSL) Zander Fábio.

(PSC) Bernardo do Cais.

(PRB) Rogério Cruz.

 Base do Prefeito

(PMDB) Clécio Alves, Célia Valadão, Eudes Vigor, Izídio Alves, Mizair Lemes Jr e Paulo Borges.

(PT) Carlos Soares.

(PMN) Edson Automóveis (licenciado) e Fábio Caixeta.

(PSL) Jorge do Hugo e Antônio Uchôa.

(SDD) Cida Garcêz.

(PDT) Paulinho Graus.

(PRTB) Charles Bento.

(PT do B) Deivison Costa.