Já estamos chegando ao sexto mês de 2017 e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), ainda não escolheu o líder dele na Câmara de vereadores da capital. A figura do líder em tese é para apresentar e defender as posições do Executivo no Legislativo. A tendência é que durante a prestação de contas do 1° quadrimestre de 2017, a primeira relativa ao período administrado pelo peemedebista, seja feito o anúncio do líder de Iris na Câmara.
Se de um lado, Iris demora em definir o líder e ainda estruturar uma base sólida na Câmara Municipal e isso pode gerar problemas a médio e longo prazo, por outro, o peemedebista atua conforme a conveniência nestes primeiros meses. Vale ressaltar que foram poucos os projetos importantes encaminhados pelo Executivo ao Legislativo goianiense, por isso não teve grandes prejuízos.
Iris até o momento tem apresentado o discurso da “terra arrasada”, de dificuldades financeiras apresentadas pela Prefeitura de Goiânia, que são frutos de problemas da administração anterior. Já passou o período chuvoso, período usado pelas autoridades do Município, do Estado e da União, como impeditivo para realização de obras. Ainda bem que não vivemos em cidades como Belém ou Manaus, em que há incidência de chuvas durante todo o ano.
O discurso de “terra arrasada” tem sido constantemente lembrado. Com a presença de um líder, certamente haveria a necessidade de se discutir demandas com mais celeridade, o que talvez não seria interessante para a atual administração, até que a prefeitura consiga retomar as obras que estão paradas na cidade.
A falta de um líder na Câmara não foi tão prejudicial ao prefeito, apesar de críticas direcionadas a ele próprio ou a secretários, por exemplo na área de Saúde, Fátima Mrué. A construção de uma base sólida parece não ser tão difícil. A melhor saída é um diálogo com os vereadores, sendo esta uma das principais reivindicações de vários parlamentares no dia a dia. O prefeito ainda não estreitou laços com a Câmara. Parlamentares reclamam que falta o gestor dialogar com os representantes do poder Legislativo.
Falta o prefeito chamar os vereadores, ter uma conversa amistosa com café e pão de queijo na sala dele no 5º andar do Paço Municipal, onde fica o gabinete dele. Até o momento não foi necessário, Iris não perdeu, mas poderá deixar de ganhar se esta definição não ocorrer logo.
Iris poderá deixar de ganhar se não definir logo o líder e construir a base mais sólida. O prefeito vai precisar enviar projetos importantes, por exemplo a Revisão do Plano Diretor de Goiânia. Caso Iris não consiga estruturar uma base sólida, dificilmente matérias como esta serão aprovadas sem um alinhamento com vereadores.