“O alto risco de que membros da torcida organizada do Goiás Esporte Clube (Força Jovem) ataquem os demais torcedores de outros times caso se encontrem durante deslocamentos pelos terminais de Goiânia e região Metropolitana”.
Essa foi a justificativa do BEPE – Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos – para solicitar à Federação Goiana de Futebol a alteração de uma das partidas do próximo domingo (19), pelas semifinais do Campeonato Goiano.
O Goiás recebe no Estádio Hailé Pinheiro, o Anápolis, às 16 horas. No Estádio Antônio Accioly, às 18 horas, o Atlético enfrentaria a Aparecidense – porém a FGF atendeu a solicitação e alterou a partida do Dragão para a segunda-feira (20), às 19 horas.
A alteração é ruim para o quesito público no jogo do Atlético. Só que isso é o de menos. Chama a atenção o pedido do órgão da Polícia Militar.
O serviço de inteligência detectou que existe a possibilidade de ataque da torcida organizada do Goiás a outros torcedores. Pronto… já se sabe qual o risco.
Combater seria o correto e não forçar a adaptação da sociedade a um perigo que já é conhecido.
No ofício enviado à Federação Goiana também existe a consideração que o efetivo do BEPE não seria suficiente para atender dois jogos e também o trabalho de policiamento ostensivo preventivo nas áreas criticas suscetíveis a conflitos.
São justificativas.
Só que fica a impressão que as pessoas de bem estão reféns das torcidas organizadas em Goiás. Elas vão ditando onde e quando podemos ir.