27 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 17/01/2019 às 23:08

Sem acordo sobre parcelamento do pagamento de dezembro, governo e sindicatos suspendem reunião

Secretáro Ernesto Roller dialoga com sindicatos: Sem acordo, nova reunião agendada (foto Laura Braga, Sintego)
Secretáro Ernesto Roller dialoga com sindicatos: Sem acordo, nova reunião agendada (foto Laura Braga, Sintego)

A falta de um acordo sobre o parcelamento do salário de dezembro passado levou à suspensão da reunião entre secretários do governador Ronaldo Caiado (DEM) e líderes de sindicatos e associações de servidores públicos do governo de Goiás. O encontro da noite de quinta, 17, será retomado na tarde desta sexta, 18, para a continuidade da negociação.

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O presidente da União Goiana dos Policiais Civis (UGOPOCI), José Virgílio, explicou que a secretaria da Fazenda propôs o parcelamento em 6 vezes a partir de março que vem. Pela proposta, receberiam primeiro os servidores com salários menores e, no mês de agosto, os servidores com salários acima de R$17 mil receberiam seus vencimentos.


Veja o cronograma proposto com o escalonamento faixa salarial ara pagamento de dezembro (Proposta SEFAZ):

Até R$ 3500 líquido recebem em março;
De R$ 3500 até R$ 4800 em abril;
De R$ 4800 até R$ 6100 em maio;
De R$ 6100 até R$ 8800 em junho;
De R$ 8800 até R$ 17400 em julho;
Acima de R$ 17400 em agosto.


Pela proposta, o governo de Goiás compromete-se a manter a folha de pagamento do ano de 2019 dentro do mês trabalhado. Virgílio informou que a proposta foi negada. “A proposta é inaceitável”, disse ele.

Para Bia de LIma, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTEGO), “não dá para o servidor público pagar essa conta”. Ela enfatizou que o governo deve considerar que a folha de dezembro tem o décimo terceiro de quem recebe o salário de dezembro e o auxílio alimentação da categoria. 

“Nós queremos começar o ano letivo (dia 21) só que o governo tem que dar as condições para o nosso pessoal trabalhar, caso contrário não tem como”, disse ela reforçando que a educação pode não comparecer para o trabalho na abertura das aulas. 

No debate, os representantes os servidores propuseram o parcelamento em duas vezes, mas os representante do governador negaram. O governador Ronaldo Caiado não participou da reunião por causa de outros compromissos que não terminaram a tempo. 

“Agora estamos num processo de diálogo e de convergência. De encontrar o ponto comum que atenda aquele binômio necessidade do servidor com a possibilidade do caixa”, disse o secretário de Governo, Ernesto Roller, após reunião com sindicatos que discutiu o pagamento dos servidores públicos estaduais.

Reunião de governo e servidores acontece na SEFAZ (Foto Divulgação)

Para José Virgílio, o fato de governo e sindicatos manterem o diálogo é positivo. “nós devemos reconhecer a importancia de termos sido recebidos em 15 dias, dia 3 e agora dia 17, e, realmente entabulado uma conversa para encontrarmos uma solução”.

O Fórum de Servidores terão uma reunião prévia nesta sexta, 09h30, na sede da Associação dos Delegados de Polícia, na Serrinha, para analisar uma contraproposta ao governo do Estado. 

 

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .