Um déficit de 18 mil vagas em Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil de Goiânia. O secretário Marcelo Ferreira da Costa, promete até o final deste semestre, abrir oito mil vagas. Os dados são diferentes dos que foram apresentados pela gestão anterior no final do ano passado, quando se dizia que não havia déficit na Educação Infantil e um déficit de cerca de quatro mil vagas nos CMEIS.
Ao comparecer a Câmara Municipal de Goiânia, o secretário Marcelo Ferreira da Costa, explicou que estão sendo estudadas medidas a curto, médio e longo prazo. “É claro que para conclui-lo o nosso plano de ação terá soluções a curto prazo, outras a médio prazo e a longo prazo. Mas temos certeza que vamos conseguir colocar, pelo menos até o meio do ano, cerca de 8 mil vagas à disposição para Cmeis e acho que isso é uma coisa que as pessoas anseiam muito. Nós tivemos um início de ano com 18 mil de déficit de vagas nas escolas e Cmeis e queremos resolver esse problema o mais rápido possível”, afirmou.
Questionado por vereadores se a proposta não seria “utópica”, o secretário respondeu que não. Ele explicou que estão sendo desenvolvidas ações a curto, médio e longo prazo.
“Na medida em que formos construindo próprios públicos ou outras soluções inteligentes para o processo, outras crianças vão nascer, a população da cidade vai aumentar, mas isso é o processo natural de gestão. Prepara-se a longo prazo, a Educação, e tem de ser pensada para daqui há 20 anos. Resolvemos os problemas agora, locais, mas temos que pensar a Educação, planejando os próximos anos e sim, as soluções a curto e longo prazo”, destacou.
O secretário anunciou ainda que a Prefeitura de Goiânia planeja a concessão de bolsas para a Educação Básica, por meio do programa: “Bolsa Infância”.
Obras paradas
Questionado pelo Diário de Goiás sobre quando as obras que atualmente estão paralisadas serão retomadas, o secretário Marcelo Ferreira da Costa, disse que hoje há cerca de 40 escolas e CMEIS com obras paradas em Goiânia. Ele destacou que está tratando do assunto junto ao Ministério da Educação, para que ocorra a resolução de cada um dos problemas.
“Isso depende da nossa conversa com o FNDE. Ela corre hoje bem. Temos conseguido avanços neste sentido, fomos lá quatro vezes. O ministro tem intenção sim de resolver os problemas, mas as obras tem percentuais diferenciados, e também problemas diferenciados, nós estamos tratando um a um, alguns questões documentais, outros questões de abandono de obra, cada um com sua solução própria junto ao FNDE, seja para licitar o restante da obra, retomar a obra que está parada, seja uma outra solução que foi proposta pelo FNDE”, afirmou.
Creches Filantrópicas
O Diário de Goiás informou no final do mês de março, que as creches filantrópicas não estavam recebendo os repasses da Prefeitura de Goiânia. O secretário argumentou que a situação foi regularizada em grande parte das instituições. Mas que algumas ainda precisam ter as pendências resolvidas.
“Recebemos a prefeitura com 43 creches filantrópicas. Dessas, haviam sérios problemas de recebimentos de recursos, conseguimos dirimir praticamente todas, só seis escolas que estão com problemas documentais, mas nós estamos em contato com elas para saná-los, na verdade mais de 90% já receberam de forma adequada. Esse primeiro momento foi complicado, mas nós estamos no mês correto do repasse. Eles receberam ou deveriam ter recebido em dezembro e agora é o próximo repasse. Estamos cumprindo o cronograma planejado”, declarou.
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