Uma das principais críticas do candidato ao governo de Goiás, Iris Rezende, é a queda no efetivo da Polícia Militar. O peemedebista promete se eleito, dobrar o número de militares nos próximos quatro anos.
Ao longo da campanha, o peemedebista lembrou que em no governo dele, há quase 20 anos, Goiás tinha 13 mil policiais efetivos. Hoje, com a população significativamente maior ele afirma que o número caiu para cerca de 11 mil.
Questionado pelo Diário de Goiás, se esta proposta financeiramente e tecnicamente é viável, o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, afirma que não.
O secretário informou que foi diretor de pessoal da Polícia Federal: “conheço os trâmites para realizar concursos públicos e sei dos prazos e das dificuldades para se fazer isso”, analisa.
Joaquim Mesquita ressaltou que aumentou em cerca de 30 % o efetivo policial nos últimos anos e que se tem expectativa de crescimento para os próximos anos com a realização de novos concursos já autorizados pelo Governo do Estado.
A Secretaria de Segurança Pública ainda espera a contratação dos policiais do Serviço Interesse Militar Voluntário Estadual (SIMVE).
“O desafio de dobrar o efetivo das forças policiais é muito menos financeiro e mais sim fático. Você não tem estrutura para formação de tantos policiais”, destaca o secretário.
O secretário ainda questionou outros pontos da propostas do candidato peemedebista a partir da estrutura de formação de policiais.
“Se hoje nós temos em torno de 14 mil pms, cerca de 4 mil policiais civis, estaríamos falando em formar pelo menos 18 mil policiais num período de quatro anos. Eu diria que isso é impossível faticamente de ser feito, porque você não tem salas de aula para formação desse pessoal, não tem capacidade de realizar isso, nem em Goiás, nem em nenhum outro local” argumenta Joaquim Mesquita.