Doze dirigentes do futebol brasileiro estiveram reunidos hoje com a Presidente Dilma e os Ministros Guido Mantega e Aldo Rebelo em Brasília.
A inteção era a renegociação de dívidas dos clubes com a União.
Chamou a atenção, pelos menos por aqui, a ausência de um representante do Centro-Oeste quando todas as outras regiões estiveram presentes.
Dilma queria ouvir projetos para reformulação e organização do futebol no país que já foi o principal nesse esporte.
Mas a conversa foi apenas em torno do perdão de dívidas e o parcelamento em 25 absurdos anos do valor devido pelos clubes.
Maurício Assunção, Presidente do Botafogo, teve a cara de pau de dizer que o Botafogo pode deixar o Campeonato Brasileiro por conta do bloqueio de 100% das suas receitas provenientes dos direitos de transmissão pela televisão, além das penhoras de rendas nos jogos do time.
O alvinegro carioca chegou a essa situação por não ter honrado suas obrigações.
O Botafogo parou de pagar sua dívidas e queria continuar tocando sua vida pagando salários gigantescos a jogadores e contratando sem responsabilidade.
Essa ameaça deveria ser ridicularizada, mas parece que vai surtir efeito.
Existe um projeto que está no Congresso que propõe o financiamento de 4 bilhões dos clubes. Se até Setembro ele não for aprovado, o Governo pode até criar uma medida provisória para resolver a incompetência dos dirigentes.
Dilma tinha a oportunidade de entrar para história com uma líder que organizou e moralizou o principal esporte brasileiro. Ele poderia colocar os dirigentes na linha, mas infelizmente é apenas mais uma pessoa do meio político de olho nos votos que o futebol pode trazer.
Pisou na bola.