A resposta do governador aos policiais civis foi dura. Marconi Perillo argumentou que o governo não está para brincadeira e que cumprirá sim com o acordo firmado com os policiais civis.
“Nós não somos moleques, vamos cumprir o acordo” Esta foi uma das frases utilizadas pelo governador Marconi Perillo durante entrevista coletiva concedida a imprensa, nesta quarta-feira (19).
A condição colocada por Marconi Perillo para que o governo não retroceda no acordo é a retirada do indicativo de greve.
A alegação dos policiais civis em terem invadido o Palácio Pedro Ludovico Teixeira foi o não cumprimento de acordo firmado com o governo.
Ainda durante a última greve, no final do ano passado, os policiais aceitaram a proposta de um pagamento de bônus de produtividade de 20% e reestruturação da carreira.
O governo ficou de enviar projeto a Assembleia Legislativa, mas a pauta ainda não chegou a casa.
O presidente do Sinpol antes da invasão ocorrida na última terça-feira, afirmou que o pedido para o não envio do projeto foi do governador.
De acordo com o responsável pela interlocução entre governo e policiais civis, deputado Marcos Martins (PSDB) não foi definida uma data.
Segundo ele, o compromisso foi de que no início da legislatura o projeto seria enviado pelo governo a Assembleia Legislativa.
Os policiais civis marcaram uma assembleia para a próxima terça-feira as duas da tarde. No entanto, o governador só dará continuidade ao acordo se o indicativo de greve for retirado.
Caso a greve seja retomada o governador anunciou que os pontos cortados na greve passada não serão reavaliados e devolvidos os valores financeiros conforme previsão.
Invasão:
O governador Marconi Perillo classificou como atos de vandalismo a invasão de policiais civis no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Foi anunciado que será aberto procedimento administrativo para punir os responsáveis pelo ato.
Segundo Marconi Perillo em uma reunião realizada entre o secretário de Gestão e Planejamento, Leonardo Vilela e representantes dos policiais civis, os sindicalistas teriam se comprometido a reparar os danos causados, no caso, vidraças quebradas.
Marconi Perillo também solicitou que os policiais façam retratação pública por conta da invasão no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
PM Acampados na Praça Cívica:
Em relação as pessoas que estão acampadas em frente ao palácio pedindo para serem chamadas, o governador classificou que os candidatos não tem direito.
“Isso é mentira, eles não foram aprovados, não estão no cadastro de reserva”. Assim classificou o governador a reinvindicação dos aprovados, mas não classificados no concurso da Polícia Militar.
De acordo com o governador, nem o próprio Ministério Público concorda com o chamamento dos reivindicantes.
Marconi Perillo afirmou que se estas pessoas quiserem entrar na Polícia Militar terão de prestar um novo concurso e se forem aprovados e classificados serão recebidos de braços abertos.