27 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 20/05/2012 às 00:56

Repúdio ao promotor Marcelo Celestino por entidades da saúde

 

Os conselheiros municipais de saúde reunidos no 1º Fórum de Conselheiros de Saúde em Anápolis, Goiás, no dia 18 de maio de 2012 no Auditório do SENAI, repudiram a afirmação do promotor de Justiça Marcelo Celestino em apoio à terceirização da gestão das unidades de saúde do Estado de Goiás por Organizações Sociais. O promotor disse que “afirmou que não há outro modelo para melhorar a saúde pública se não o da gerência por Organizações Sociais”.
O elogio do promotor foi feito no dai 16 de maio, na apresentação do balanço dos 2 primeiros meses do trabalho da O.S. Idetech, gerenciadora do Hospital Geral de Goiânia.
Veja o vídeo.
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O blog do fisioterapeuta Danianne Marinho , integrante do Conselho Estadual de Saúde, representando os fisioterapeutas divulgou uma moção de repúdio do promotor Marcelo Celestino.
Argumenta o fisioterapeuta que;
“A saúde segundo a Constituição de 1988 determina que:
Art. 199 – A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1 º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único de Saúde…
 
Sob esta determinação constitucional, o Conselho Estadual de Saúde aprovou resolução de número 08/2011 onde reprova qualquer tipo de terceirização/privatização dos hospitais públicos sob a gestão da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás tendo em vista que os mesmos sãopatrimônios do povo goiano e a entrega de suas gestões a instituições privadas descumpre a legislação em vigor que ordena que as instituições privadas sejam complementares ao Sistema Único de Saúde.
 
A terceirização do SUS em Goiás fere a Legislação e descumpre determinação do Conselho Estadual de Saúde.
 
Esperávamos que o representante do Ministério Público goiano pautasse sua atuação como guardião da Constituição e da legislação em vigor e não simplesmente emitisse opinião política e respaldasse esta atitude do governo goiano que enfraquece o SUS e o Controle Social na saúde.
 

Repudiamos tal declaração do representante do Ministério Público, o promotor de Justiça Marcelo Celestino e exigimos o imediato retorno ao ordenamento jurídico em Goiás que é a iniciativa privada complementando o SUS e não substituindo o estado na execução do Sistema.

O debate, certamente, não vai parar por aí. Nem todos os promotores de justiça do Ministério Público goiano tem a mesma opinião que o promotor Marcelo Celestino. Um deles é o promotor Fernando Krebs, do Núcleo de Defesa do Patrimônio que manifestou concordância com a nota de repúdio a Celestino.

 

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .