Um gol no último lance do jogo nos Aflitos, eliminou o Vila Nova Futebol Clube na Copa do Brasil. A equipe colorada foi derrotada pelo Náutico e deixou escapar R$ 2,1 milhão em premiação. Certamente um valor para pagamento de duas folhas no Onésio Brasileiro Alvarenga. Um desastre, que fechou uma semana horrível para o clube.
Um indicativo de que a situação poderia se complicar após um inicio de temporada que se pode classificar de razoável, foi o confronto inicial na Copa do Brasil na última terça-feira (28/02), na difícil classificação diante do Real Noroeste, no Espírito Santo.
Veio na sequência a eliminação para o Anápolis em casa, nas quartas de final do Campeonato Goiano, que trouxe um cenário de decepção ao Vila Nova, como destacou o presidente Hugo Jorge Bravo em entrevista após a derrota por 1 a 0.
Agora o adeus a Copa do Brasil que é o ‘oásis’ para todos os clubes participantes por conta das milionárias premiações. Para 2024, o Vila Nova fora das semifinais do Campeonato Goiano, tem como opção para conquista de uma vaga, a conquista da Copa Verde. Só que para chegar a esse objetivo, o cenário não é nada animador.
Como também é a expectativa do torcedor em relação ao Brasileiro da Série B. Nesta temporada não teremos a presença de nenhum gigante do futebol nacional, mesmo assim a competição tem clubes tradicionais como Sport, Avaí, Ceará, Chapecoense, Juventude, Vitória e o rival Atlético-GO.
Vai estar mais fácil que no ano passado e isso não significa necessariamente que o caminho do sonho de um acesso será tranquilo, ainda mais com o elenco que no momento não transmite confiança. Tanto que o discurso da chegada de reforços é cada vez maior.
Muitas contratações não corresponderam: Carlos Alexandre, Rickson, Hyuri, Wendson… são alguns dos nomes em que a diretoria do Vila Nova depositava mais esperança. A saída desses e outros jogadores não será surpresa. É preciso abrir espaço para chegada de reforços para qualificar de verdade o grupo.
Claudinei Oliveira acredita em “lógica” e “bom senso” da diretoria vilanovense para seguir o seu trabalho. O técnico considera que seu time é competitivo e organizado, mas que o futebol é imprevisível. Revelou após a derrota para o Náutico na Copa do Brasil, que foi uma estratégia a montagem de um elenco mais enxuto no início da temporada.
Uma estratégia muito arriscada e que na prática não deu certo. Com um elenco maior e mais qualificado, o Vila Nova não passaria o constrangimento de ser eliminado por um clube de Série D no Goianão e outro de Série C na Copa do Brasil.
Chegou a hora de fazer um balanço. De reflexões do que não deu certo e do que será preciso mudar para sequência de 2023. A boa notícia é o acordo dos clubes para liberação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. O Tigrão terá na competição (de abril a novembro) cerca de R$ 1 milhão por mês – uma receita que bem investida pode abrir outro cenário na temporada.