A pergunta feita pelo repórter André Rodrigues na coletiva de apresentação de Luciano Paciello, como CEO do Goiás Esporte Clube, chamou a atenção: Qual o orçamento do Verdão para o futebol agora em 2024, quando o retorno para elite do futebol nacioinal é o principal objetivo.
Paciello, novo homem forte do Goiás, foi direto: “Temos um orçamento definido na ordem de R$ 50 milhões. É um número bastante expressivo para o ano de 2024″, afirmou o dirigente que tem como primeira missão a montagem da estrutura de futebol, que passa pela escolha do gestor da área, de uma comissão técnica e elenco.
R$ 50 milhões é um número interior por exemplo, ao revelado por Adson Batista – Presidente do Atlético – que disse ter gasto R$ 35 milhões em 2023. Ano em que o Dragão conquistou o Goianão e o acesso para Série A do Brasileirão – objetivos que o Goiás tem para o próximo ano.
Ao revelar o orçamento, já vieram vários questionamentos de torcedores esmeraldinos a respeito da informação compartilhada pelo ex-presidente Paulo Rogério Pinheiro, que estava entregando o cargo com o maior superavit na história do Goiás. Algo em torno de R$ 100 milhões de reais.
E a diferença?
Essa fica guardada nos cofres. Para despesas com outros departamentos e em caso de alguma eventualidade no próprio futebol. É a poupança que você mexe quando a necessidade aumenta.
Outro detalhe importante e que precisa ficar claro para o torcedor. Quando o CEO Luciano Paciello cita R$ 50 milhões de reais de orçamento – não é tudo para contratação de reforços. Tem que colocar dentro deste valor os gastos com a aquisição de jogadores (definitivo ou empréstimo), folha salarial do elenco, comissão técnica, diretor de futebol, roupeiro, massagista e por aí vai.
Pode parecer muito. Mas se você não é competente na gestão do departamento de futebol, esse dinheiro acaba rapidinho e você não chega ao seu objetivo.
Pode parecer pouco. Mas se você é assertivo na montagem de um elenco competitivo, esse dinheiro vai trazer o sucesso desejado.
Luciano Paciello
Um dos pontos da entrevista do CEO do Goiás que me agradou foi quando ele citou que terá autonomia total para definir o caminho que o clube vai seguir: “Tenho total liberdade para executar as minhas funções. Existe um orçamento, existem metas para serem cumpridas e existe uma governança. Vou reportar as informações ao Conselho de Administração. Ele não participa da operação, porque não é a função dele. Na minha atuação vou ter total liberdade para atuar da maneira que está definida dentro do orçamento”.
Que Paciello tenha liberdade e principalmente competência para mudar o Goiás de patamar.