O número é mágico: mínimo de R$ 1 milhão em cada município.
Imaginem a diferença que um dinheiro desse faz em localidades pequenas.
Imagine a alegria dos prefeitos e vereadores da base governista com uma notícia dessa.
Imagine quantas visitas e quantos discursos governador, vice, senador e deputados federais e estaduais, mais prefeitos e vereadores, podem fazer com tal pauta positiva.
Agora some tudo isso em uma pré-candidatura a governador. Imagine o efeito eleitoral. Explosivo, não há dúvida.
“Com essa medida, o governo demonstra que está sensível às demandas dos municípios. Eu acredito que esse investimento vai gerar renda e, consequentemente, mais empregos”, festeja Haroldo Naves, presidente da FGM (Federação Goiânia de Municípios).
“Para as prefeituras que têm arrecadação pequena, R$ 1 milhão representa muito porque, às vezes, em quatro anos de administração, o prefeito não consegue levantar R$ 1 milhão para investimentos. Essas cidades precisam urgentemente de obras de infraestrutura para melhorar a mobilidade urbana e também reparar os estragos provocados pelas chuvas. Os municípios antigos sofrem ainda mais com a falta de recursos porque é grande a demanda por obras de manutenção”, argumenta Paulo Sérgio, presidente da AGM (Associação Goiana de Municípios).
O governador Marconi Perillo (PSDB) já avisou que vai visitar os 246 municípios.
Antes de deixar o governo para ser candidato quem sabe a senador, vai dar o seu recado.
Este é mais um passo em uma movimentação casada para fortalecer a imagem da administração estadual e ao mesmo tempo impulsionar o nome do vice-governador, José Eliton, como candidato no ano que vem. À reeleição. Eliton deve assumir o governo até abril.
Agenda administrativa com efeito eleitoral.
Abuso? Que abuso?
Por mais que a oposição reclame, levante a voz, tudo está sendo feito no âmbito do jogo político, ali no limite das ações que alimentam as disputas no Brasil.
Aliás, a oposição faz o mesmo.
Estão todos no interior, falando de administração em evento com cara e coragem de campanha.
Desabusadamente, a eleição corre solta.