22 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 23/04/2018 às 13:42

Quanto ao seu desempenho, você sabe identificar sua muleta do impedimento?

Olá leitores, me esforço aqui para escrever minhas experiências, a teoria aplicada à pratica e ultimamente algo que tem me auxiliado bastante é contar histórias, como as tenho contado.

Percebo uma facilidade em meus receptores dentro da comunicação organizacional em absorverem melhor alguns conceitos para daí partirem para uma analise e possível tomada de decisão através das histórias ou parábolas. O lúdico, os contos trazem uma leveza em nossas reflexões e também clareza nas conclusões.

Assim, hoje vou compartilhar mais uma história, que nos traz informações para identificarmos as possíveis travas, sabotadores ou o que chamo de “muletas” que nos impedem de tomar decisões, de agir com foco no resultado, de exercitar o sentido de urgência  e performarmos ainda melhor do que já fazemos. Segue então a história:

A VACA E O PRECIPÍCIO

Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer-lhe uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas, pois elas geram oportunidades de aprendizado, rever ou conhecermos pessoas.

Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então, o mestre se aproximou do senhor e perguntou-lhe: 

– Neste lugar, não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como a sua família sobrevive aqui? 

O senhor respondeu:

– Nós temos uma vaca que nos dá vários litros de leite. Uma parte do produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por comida e a outra produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo. O mestre agradeceu, se despediu e foi embora.

No meio do caminho, voltou ao discípulo e ordenou-lhe:

– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício logo a frente e jogue-a. O jovem arregalou os olhos e questionou o mestre sobre o fato de a vaca ser o único meio de sobrevivência daquela família; mas, como percebeu o silêncio do seu mestre, cumpriu a ordem: empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Tempo depois, o discípulo resolveu largar tudo e voltar àquele lugar, pedir perdão e ajudar a família. Quando se aproximou, do local avistou um sítio bonito, com árvores floridas, carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a família tivera de vender o sítio para sobreviver. Chegando lá, foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre as pessoas que ali moravam. Ele respondeu:

– Ué continuamos aqui.

Espantado, entrou correndo casa adentro e viu que era a mesma família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):

– Como o senhor melhorou o lugar e agora está tão melhor? O senhor, entusiasmado, respondeu: 

– Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos e, assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

O aprendizado é que muitas vezes temos que nos desvencilhar do que estamos habituados para podermos conhecer nossas verdadeiras habilidades. Essa suposta “vaca” pode ser a “muleta” que você tanto tem usado e que cegamente está impedindo sua ação e seu desenvolvimento pessoal e ou profissional.

Então, depois desta leitura, pergunte-se qual a muleta ou a vaquinha que você precisar abrir mal para seguir e alcançar seus objetivos?

Tenha coragem de identificar e se desfazer da muleta, você consegue, acredite em sua potência interna! 

Desejo ter contribuído!

Boas prátias e até a próxima.

Rafaella Bessa.