12 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 12/09/2024 às 09:36

Público zero é melhor que dedo na cara de jogador

Estádio Hailé Pinheiro - Serrinha (Foto - JP Pacheco)
Estádio Hailé Pinheiro - Serrinha (Foto - JP Pacheco)

A revolta do torcedor esmeraldino por conta da campanha ruim no Campeonato Brasileiro da Série B, chega ao seu estágio mais alto. Ocupando a modesta 11ª posição na tabela de classificação, distante nove pontos da faixa do acesso, o Goiás Esporte Clube vai ficando cada vez mais longe do objetivo da temporada, que era a volta para elite do futebol nacional.

Restam 14 jogos ao Verdão e pelo cenário a missão vai ficando cada vez mais impossível. São necessárias 10 vitórias para virar o jogo e comemorar o retorno para Série A. Existe a possibilidade matemática, porém o desempenho do time goiano não anima os torcedores.

“Um time sem alma” disse o técnico Vagner Mancini após a derrota para o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto. ““Tem muita coisa que precisa mudar internamente”, sinalizou Lucas Andrino, diretor de futebol. Declarações bem claras de que o elenco não está correspondendo as expectativas e principalmente o investimento na equipe – que se aproxima dos 8 milhões de reais mensais. É muito dinheiro para pouquíssimo futebol.

O próximo adversário do Goiás no Campeonato Brasileiro será o Avaí. Jogo nesta sexta-feira (13), às 21h30, no Estádio Hailé Pinheiro. Certamente com o menor público da equipe na competição. Dia, horário e campanha ruim. Nada ajuda e para agravar a presença de torcedores, a organizada do clube convocou seus associados para não comparecer ao jogo na Serrinha.

Historicamente o Goiás sempre teve muitas dificuldades de comunicação com o seu torcedor. Foram raros os momentos de aproximação entre as partes. Agora com uma nova diretoria, que ainda está buscando entender o que é o clube, a relação com a arquibancada e os anseios de quem é apaixonado pela agremiação – a distância é maior e está incomodando.

Entendo que é nas dificuldades que você precisa estar próximo. Esse afastamento prejudica ainda mais o Goiás. Não concordo, mas considero ser um protesto que possa causar mais resultados do que jogar bomba na Serrinha, pichação em muros ou dedo na cara de jogador.

Se vai dar certo, só o tempo vai dizer.