19 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 09/04/2015 às 19:56

Proposta de pagamento de piso surpreende secretária e desagrada professores

Foi enviado a Assembleia Legislativa de Goiás, projeto de lei relativo a atualização do piso dos professores da Rede Estadual de Ensino. A proposta é para efetuar o pagamento para professores P1 e P2 em janeiro de 2016 e dos demais para agosto deste ano. A intenção do governo surpreendeu até mesmo a secretária da pasta e desagradou o sindicato que representa a categoria.

Inicialmente a secretária de Educação, Raquel Teixeira, tinha a intenção de pagar o piso no mês de maio. Nesta quarta-feira (8), a gestora viajou e quando voltou ficou sabendo que a Casa Civil antes de enviar o projeto a Assembleia alterou o texto, fixando o pagamento em agosto com retroativo a janeiro deste ano.

A proposta foi de pagamento de 13% retroativo a janeiro. Eu mandei o projeto com a referência em maio, mas a Casa Civil alterou. Isto é o que o Estado pode pagar neste momento”, explica Raquel Teixeira.

O projeto não foi bem visto pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego). A presidente da entidade, Bia de Lima, destaca que há possibilidade de greve caso necessário.

Fomos surpreendidos com o projeto de lei que o governo de Goiás mandou a Assembleia Legislativa dizendo que vai pagar o piso apenas para professor nível 1 e 2 a partir de janeiro e para professores nível 3 e 4 que somam mais de 29 mil trabalhadores, somente a partir de agosto. Modificou inclusive o que a professora Raquel vinha negociando com a gente que seria em maio. Nem mesmo em maio a gente vinha concordando com isso, imagine em agosto. Vamos chamar a greve se necessário”, afirma Bia de Lima.

A secretária Raquel Teixeira descreve que está preocupada com a possiblidade de greve. “Eu fiz uma proposta em maio como a Data Base. O Governador é quem sabe o que pode ser pago. A questão financeira, as pessoas talvez ainda não entenderam. É muito mais séria do que se pensa. Qual governador não queria pagar o piso em janeiro, se tem algum problema não depende apenas dele, é um problema que vem ocorrendo em todo o Brasil”, destaca.

Uma audiência entre o governador e os representantes do Sintego está marcada para a próxima segunda-feira, dia 13.