Iris de Araújo, tem sido constante alvo de críticas de adversários políticos e até mesmo de aliados, por extrapolar o papel de primeira dama, ocupando espaços, visando a eleição para o cargo de deputada federal no próximo ano. Dona Iris foi questionada pelo Diário de Goiás sobre o assunto e declarou que há uma implicância com ela, que não está fazendo mal a ninguém e cobrou respeito.
A primeira dama acompanhou o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB)na manhã desta segunda-feira (24), no Centro de Referência em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (Crapsi), situado na Cidade Jardim. Na ocasião, os dois participaram do início da segunda etapa da campanha de vacinação contra a Influenza, em que os idosos estão sendo imunizados. O casal Iris recebeu a proteção contra a gripe.
Dona Iris destacava a importância da primeira dama e do prefeito como incentivadores na campanha de vacinação. Ao Diário de Goiás, ela dizia que é papel da primeira dama atuar na área social.
Iris de Araújo cobrou respeito. Ela disse que tem trabalhado e não tem gerado ônus para a Prefeitura de Goiânia. Ela declarou que há uma implicância com ela e que não há incomodo por fazer bem as pessoas, independente se há ou não pretensão política.
“Então, eu não entendo esse tipo de colocação, esse tipo de ilação, de perguntar e vou dizer mais forte: de implicância comigo. Pra que essa implicância comigo? O que estou fazendo demais? Estou fazendo mal? Não? Estou fazendo bem. Não estou trazendo ônus para a prefeitura. Eu não tenho cargo, não ganho nada, ganho a satisfação de estar fazendo”, destacou a primeira dama.
Leia abaixo o questionamento e a resposta dada pela primeira dama ao Diário de Goiás
Repórter Samuel Straioto: A senhora falava do papel da primeira dama. Como a senhora analisa as colocações de que a primeira dama está extrapolando e de que tem pretensões políticas?
Respostas: “Lá atrás em 1982 quando eu viajei o estado todo, quando nem era dividido, ninguém questionou o papel da primeira dama. E eu tinha um papel político também. Eu acho que todo e qualquer ato é um papel político, se tem ou não pretensão política. Eu fiz parte daqueles que ajudaram a construir o PMDB, estou nele a vida inteira, nunca passei por outro partido. Sou um agente público e agora o Iris ao ser eleito e eu sendo casada com ele, é natural que tivesse isso. Modelito pré estabelecido de primeira dama, eu vestiria. Mas cada primeira dama, tem perfis diferentes. Tem umas que se recolhem, preferem não trabalhar e precisam ser respeitadas. Tem umas que querem atuar e trabalhar e precisam ser respeitadas. Então, eu não entendo esse tipo de colocação, esse tipo de ilação, de perguntar e vou dizer mais forte: de implicância comigo. Pra que essa implicância comigo? O que estou fazendo demais? Estou fazendo mal? Não? Estou fazendo bem. Não estou trazendo ônus para a prefeitura. Eu não tenho cargo, não ganho nada, ganho a satisfação de estar fazendo. Tenho meu motorista, tenho meu carro, tenho minhas coisas, tenho meu trabalho. Tenho tudo. Logicamente, ao estar ao lado do Iris depois de 50 anos de experiência vivido junto, eu acho que tinha gente que não era nem nascido em 82 quando o Iris fazia Governo Itinerante. A sala dele era montada para receber os prefeitos e eu ficava do lado recebendo a primeira dama. E assim viajei no estado todo. Especificamente agora, criou-se esta situação, mas sinto muito. Eu estou incomodando o que ao ajudar os que precisam de mim? Eu estou incomodando o que? Eu faço esta pergunta, o que estou fazendo de errado e que possa incomodar as pessoas? Portanto, cada um tem o seu direito, até de fazer implicância, que tenham suas implicâncias, mas por favor me respeite”.
Ainda no início do ano, o prefeito Iris Rezende também se manifestou quanto as críticas que estavam sendo direcionados a primeira dama.
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