A possível desistência de Major Araújo (PRP), em não assumir o cargo de vice-prefeito da gestão de Iris Rezende já tem interferido diretamente na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia. Faltando pouco mais de um mês para a escolha do novo presidente do legislativo goianiense, aumentou o interesse dos parlamentares eleitos e reeleitos na disputa.
Vários parlamentares consultados pela reportagem do Diário de Goiás argumentaram que o fato de poder assumir o cargo de prefeito, de forma interina caso haja alguma necessidade, fez com que vereadores intensificassem as articulações.
Nos bastidores, vários nomes estão sendo colocados. Da base do prefeito eleito, Iris Rezende (PMDB): Wellington Peixoto (PMDB), Paulinho Graus (PDT), Paulo Magalhães (PSD), Clécio Alves (PMDB) e o vereador eleito Andrey Azeredo. Pelo lado da oposição, o atual presidente da Câmara, Anselmo Pereira (PSDB) e Cristina Lopes (PSDB) são nomes que articulam.
Wellington Peixoto entende que a pendência envolvendo o deputado Major Araújo que pode permanecer na Assembleia Legislativa e não assumindo o cargo de vice-prefeito, está chamando muito a atenção dos vereadores.
“Eu vejo que sim. O interesse aumenta. O presidente da Câmara será automaticamente o vice-prefeito. Claro que isso aumenta ainda mais a discussão. Acredito que mais pessoas vão querer se candidatar à presidência da Câmara. A gente tem que esperar e aguardar”, destacou.
De forma semelhante pensa a vereadora Cristina Lopes que tenta ser um nome forte da oposição na disputa da Mesa Diretora da Casa. “A desistência do Major Araújo em assumir a vice prefeitura intensifica a luta, o diálogo em construção da candidatura, porque você se torna vice-prefeito e o prefeito se ausentando você se torna prefeito da cidade de Goiânia, ou seja, você diminui um degrau da escada”, argumentou.
O atual presidente, vereador Anselmo Pereira pensa diferente e argumenta que a situação de Major Araújo não interfere no legislativo. “De jeito nenhum, é indiferente. Não temos nada a ver com o Poder Executivo. Aqui é um poder, lá é outro. Cada qual cuida da sua paróquia”, disse.