28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 19/01/2018 às 22:03

‘Podemos não esta à venda’, diz novo presidente em Goiás. Para ele, não há ‘base’ nem ‘oposição’

O presidente do Podemos em Goiás, Sandro Resende, rejeita os rótulos de “base” e de “oposição” e afirma que a sigla não está no balcão dos negócios.

Para ele, que se mostra aberto ao diálogo com toda e qualquer liderança em “bases programáticas”, esse “maniqueísmo” da política goiana é uma tática bem-sucedida de aprisionar o eleitor e impedir que forças desalinhadas cresçam no ambiente político goiano.

“O Podemos não está à venda”, diz.

Sandro afasta “categoricamente” rumores de que o partido será utilizado para abrigar dissidentes do MDB que desejam apoiar a candidatura do senador Ronaldo Caiado (DEM) ao governo do Estado.

“O Podemos tem um objetivo muito bem definido: montar o palanque para a candidatura presidencial do senador Álvaro Dias”, garante. “Qualquer informação fora disso não passa de especulação.”

Ele reconhece que é mais provável que a sigla se una a partidos da oposição. Por uma razão que define como pragmática: “A base aliada em Goiás, liderada pelo PSDB, já tem candidato a presidente, o governador Geraldo Alckmin (São Paulo)”.

Sandro Rezende avalia que o cenário político nacional ainda está aberto e que a tentativa de associar o partido a interesses do DEM – ou de qualquer outro nome – incorre em um erro de avaliação prático. “O DEM, hoje, tem seu candidato ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia”, argumenta.

Para ele, o cenário mais conveniente aos interesses imediatos do Podemos seria a união das oposições no Estado. “Independente de nomes. Daniel Vilela, Maguito (Vilela) e Caiado são quadros excelentes. E o divisionismo é nocivo ao nosso objetivo de montar um palanque sólido para o senador Álvaro Dias.”

Com a missão de reestruturar os diretórios municipais e ultrapassar a cláusula de barreira com chapas proporcionais competitivas, Sandro afirma que o Podemos tem a ambição de eleger um deputado federal e até cinco estaduais.

“Queremos candidatos com afinidade com a população e a sociedade. Não nos interessa os campeões de votos. Vamos montar uma chapa pura para estadual com nomes entre 4 mil e 5 mil votos.”

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).