A pesquisa Serpes/O Popular sobre as administrações do prefeito Iris Rezende (PMDB), governador Marconi Perillo (PSDB) e presidente Michel Temer (PMDB) em Goiânia pode ser traduzida assim:
1 – Iris não está mal, mas também não está bem;
2 – Marconi não está bem, mas está menos mal que Temer;
3 – Temer: este está na pior.
Os índices referentes ao prefeito refletem o que se vê principalmente nas redes sociais e nas ruas, em conversas. Há a percepção de que a administração ainda não engatou. Cadê o velho e bom Iris?, todos parecem dizer. Mas convenhamos: é uma cobrança menos como visão de caos (a pesquisa comprova) e mais como quebra de expectativa. A torcida para Iris entrar e botar pra quebrar era grande, continua grande. Vontade e agonia do que querem que ele imprima um ritmo acelerado, arrumando a casa em velocidade de Fórmula 1. Só que Iris não é João Doria, o prefeito marqueteiro de São Paulo, e muito menos a situação de Goiânia está tão simples que em apenas três meses tudo possa ser feito. Íris terá de equilibrar a realidade e a expectativa do povo.
Já o governador nunca teve vida fácil na Capital. Ganhou todas de Iris em Goiás; perdeu todas em Goiânia. E os números agora mostram que ele continua com avaliação complicada na cidade, por mais que procure mostrar obras e ações. Neste momento, ele está concentrado no interior do Estado. O pacote de investimentos que anunciou recentemente é pauta positiva em 245 municípios, e não deixa de ser em Goiânia também – mas com outra percepção. É esperar para ver a nova reação do governador, porque o que ele fez em outras ocasiões mudou pouco a realidade. Historicamente, Marconi leva a melhor no conjunto da obra: não tão bem na capital, muito bem no restante do Estado. A pesquisa acenda a luz, não apaga o brilho.
Quanto a Temer, pouco a ser dito. Ele está mal e, tudo indica, seguirá de mal a pior. Curioso é que tanto Iris quanto Marconi – tanto o PSDB quanto o PMDB goianos, portanto – pouco têm o que dizer, e talvez o que fazer a não ser torcer, torcer muito. Ambos são aliados do presidente no plano nacional. Ambos dependem de Temer ir bem; e se for mal…
A pesquisa é um alerta para todos. Precisam melhorar. Por razões próprias ou para não levar junto os seus partidos. Do contrário, esperem para ver em outubro de 2018.