23 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 07/08/2013 às 03:01

Pesquisa mostra brasileiros antenados com a reforma política

 

A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – adotou uma estratégia interessante para interferir no debate sobre a reforma política e abastecer a opinião pública sobre o assunto.

A decisão de contratar uma pesquisa de opinião nacional sobre o tema foi eficiente, sem dúvida. Quem é que vai duvidar dos resultados?

Políticos são muito sensíveis ao que é publicado pelos meios de informação. A OAB divulga a pesquisa e a mídia, em geral, dá força na divulgação.

O caminho foi inteligente.

A pesquisa Ibope divulgada pelo presidente do Conselho Federal da OAB revela que 85% dos entrevistados são favoráveis à reforma política, e que 92% dos entrevistados são a favor de projeto de lei nesse sentido por iniciativa popular.

A Ordem encabeça o Comitê de Reforma Política criado em junho junto a diversas instituições da sociedade civil para coletar em todo o País assinaturas em favor do projeto de lei de iniciativa popular.

A pesquisa foi apresentada pelo presidente do Conselho Federal, Marcus Vinicius Furtado. O presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, representou as seccionais da OAB no evento.

Em texto divulgado pela assessoria da OAB-Goiás, o presidente da seção goiana, Henrique Tibúrcio, afirma que “não tenho dúvida de que à medida que aumentar o número de assinaturas o Congresso Nacional sentirá a necessidade de atender a sociedade, com já vem fazendo desde que o povo foi às ruas”, afirmou Tibúrcio.

O coordenador do Comitê da Reforma Política em Goiás e secretário-geral da OAB-GO, Julio Meirelles, explica que o projeto de lei proposto pela OAB tem como principais propostas mudanças no financiamento de campanha e no formato da eleição proporcional. “É preciso discutir a eleição dos parlamentares, que sofrem uma grande crise de representatividade”, afirmou.

Quanto ao financiamento de campanha, 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas nas campanhas. Noventa por cento opinaram pediram punições mais rigorosas contra a prática de “caixa-dois”.

A pesquisa quis saber, também, qual o melhor modelo para eleger deputados, ficando 56% a favor de mudanças e pela instituição do voto em lista (lista e propostas de candidatos), contra 38% favoráveis à maneira atual, no nome do candidato. Dentre os temas prioritários de propostas, os entrevistados elegeram saúde em primeiro lugar, seguido por educação e controle de gastos do governo.

Alguns analistas afirmavam que os brasileiros não daria conta de decidir sobre a reforma política por falta de conhecimento.

Não foi o que mostrou a pesquisa do IBOPE, para a OAB.

O Ibope entrevistou 1.500 pessoas em todo o país de 27 a 30 de julho.

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .