24 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 21/05/2020 às 15:25

Pesquisa Grupom: 25% das empresas terão dificuldade para reabrir as portas após pandemia

Mário Rodrigues Neto, da Grupom: Pesquisa capta expectativa e dúvidas de empresários (foto Diário de Goiás)
Mário Rodrigues Neto, da Grupom: Pesquisa capta expectativa e dúvidas de empresários (foto Diário de Goiás)

Uma esquisa inédita da Grupom Consultoria Empresarial captou o pensamento dos empresários goianos sobre a pandemia e as consequências econômicas e financeiras. Dos 1.830 entrevistados, 25% deles disseram que estão com muita dificuldade para reabrir (9,7%) ou que dificilmente vai retomar a atividade da empresa (14,3%) nos próximos 90 dias.

O número é interpretado como o impacto da inatividade econômica, ou fechamento, que deve atingir as empresas de Goiás por causa da pandemia do Coronavírus e as mudanças sofridas no funcionamento das empresas. Apenas 7,7% disseram que têm condições de aguentar por mais tempo fechados ou com vendas reduzidas enquanto 12,7% afirmaram que pretendem reabrir a empresa se tiverem clientes. Outros 16,8% disseram que precisarão de um tempo para reabrir.

A empresa de pesquisa ouviu empresários, diretores e superintendentes de organizações de todo Estado de Goiás em cinco rodadas de coletas de dados entre Abril e Maio de 2.020. 50,4% informaram que as atividades foram totalmente suspensas após os decretos do Governo de Goiás e das prefeituras sobre a pandemia. Os pequenos foram mais atingidos pela inatividade. A redução de pequenas empresas (47,7%), micros (54,9%) e MEI’s (64,3%) foi maior do que grandes empresas (38,5%) e médias (35,8%).

Isolamento social aprovado

Na pesquisa, foi identificado que a maior parte dos empresários e dirigentes, apesar do impacto na vida das pessas, aprovam o isolamento social. 22,7% disseram que são totalmente a favor e 62,9% parcialmente a favor. Apenas 12,65%. afirmaram que são totalmente contra.

Nas quatro rodadas do levantamento, percebe-se uma evolução da posição favorável ao isolamento que passou de 20,3% (1 a 9 de Abril) para 33,3% (01 a 05 de Maio). Totalmente contra caiu de 14,7% para 4,8%.

A retomada da atividades das empresas será lenta

A Grupom perguntou aos entrevistados quanto tempo, após a pandemia, será necessário para retornar à atividade principal da empresa. Em média, segundo o relatório, serão necessários 73 dias para retornar completamente as atividades. O dado indica que a arrecadação de impostos levará mais tempo ainda para a recuperação dos mesmos níveis anteriores à pandemia.

Para Mário Rodrigues Neto, diretor técnico da Grupom, “nem todos os empresários têm muita certeza de como reabririam os negócios após a pandemia. Não ficou bem resolvido para alguns empresários. Muita gente ficou no meio do caminho e perdeu sua condição operacional”.

Segundo ele, outra dúvida percebida do setor empresarial é que “se abrir as portas, eu terei clientes” e “há uma redução dos colaboradores para reduzir custo e manter funcionando. Qual a quantidade de pessoas que vão aparecer aqui.

A perda de faturamento é esperada. É de 80% da perda com o isolamento social. Isso já tá confirmado por várias empresas”.

VEJA O RELATÓRIO INTEGRAL:

METODOLOGIA –

A GRUPOM, neste mês de abril e inicio de maio de 2020, percebendo o impacto junto ao empresariado estabelecido no Estado de Goiás, tomou a iniciativa de fazer um levantamento dos pontos importantes e cruciais para cada dirigente empresarial.. 1830 entrevistas Indice de confiança: 95% Margem de erro: +/-2,0%. Foram contatados 1955 pessoas, com cadastro como dirigente de empresas, sendo que 125 dos entrevistados, deixaram de ser dirigentes de empresas. População empresarial do Estado de Goiás, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 22 anos e máximo de 70 anos, proprietários, diretores, superitendentes e gerentes de empresas estabelecidades.

As entrevistas foram realizadas por três métodos distintos de coleta. O primeiro método, foi por telefone, onde abordamos diretamente e conversamos ativamente e eles responderam ao nosso questionário, com a maior riqueza de informações possíveis.

O segundo modelo e que obtivemos o maior número de respostas, elaboramos o questionário que fosse auto respondível e contatamos por e-mail, mais de 15 mil dirigentes de empresas, sendo que obtivemos um índice de respostas mais do que satisfatórios (12,2%).

A média de respondentes, neste modelo de questionário auto respondível normalmente não ultrapassa aos 4% dos e-mails enviados em pesquisas em todo o Brasil.

O terceiro método foi usamos as redes sociais, com filtros específicos em busca de dirigentes empresariais, onde conseguimos uma quantidade respostas satisfatórias, mas, também obtivemos nestes filtros, a maioria dos que se apresentaram como ex-dirigente empresarial conforme descrito em nossa apresentação metodológica.

O resultado deste trabalho será divulgado por etapas de acordo com a importância e a relevância do tema a ser tratado.A primeira apresentação é sobre como será o fim do processo de isolamento da população e a sua volta a ter o público esperado. 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .