Uma coisa que muitos não entendem, e tantos se fazem de desentendidos sobre, é que pesquisa não define o jogo eleitoral.
Sim, jogo. Joga-se com as nossas esperanças, nossas expectativas, com a nossa fé. Apostam contra nós, e ganham, os eleitos.
As pesquisas, neste momento, têm um peso importante. Mostram cenários, apontam sentimentos, orientam análises e… E só.
Não são mágicas. Nem o camisa 12.
Enquanto são realizadas, publicadas e comentadas, há um embate dominando os bastidores políticos, e esse embate se utiliza delas para comprovar, contestar, promover. Mas não se guia por elas.
Os jogadores políticos estão definindo o que querem para o futuro deles, e não procurando entender o que é melhor para as pessoas, o Estado.
Nos bastidores, a eleição disputada é outra, e independe de você, do seu vizinho, de mim.
É a estratégia da sobrevivência pessoal com tática divergente para parecer coletiva e geral.
É o futuro deles, essencialmente, que está em jogo; o voto é um detalhe.
Na campanha é que o ‘fator’ povo entra nas jogadas. E mais para ser convencido e dominado do que para ser obedecido.
O povo será compreendido não porque é essencial que seja atendido, mas porque sem isso o candidato não conquista o voto.
O povo. Não a pesquisa que retrata como é esse povo.
Espera-se tanto das pesquisas que o mais importante é esquecido: de quem se deve esperar mais é desse tal povo.
Ainda que outras pesquisas, mais aprofundadas, sirvam de arma para exatamente confundir, é o povo que ganha e perde eleição.
O fino do jogo está aí.
O povo somos nós.
Veja o relatório da pesquisa Grupom/Tribuna do Planalto
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .