14 de outubro de 2024
Publicado em • atualizado em 23/03/2014 às 23:02

Pesquisa é pesquisa, povo é povo

Uma coisa que muitos não entendem, e tantos se fazem de desentendidos sobre, é que pesquisa não define o jogo eleitoral.

Sim, jogo. Joga-se com as nossas esperanças, nossas expectativas, com a nossa fé. Apostam contra nós, e ganham, os eleitos.

As pesquisas, neste momento, têm um peso importante. Mostram cenários, apontam sentimentos, orientam análises e… E só.

Não são mágicas. Nem o camisa 12.

Enquanto são realizadas, publicadas e comentadas, há um embate dominando os bastidores políticos, e esse embate se utiliza delas para comprovar, contestar, promover. Mas não se guia por elas.

Os jogadores políticos estão definindo o que querem para o futuro deles, e não procurando entender o que é melhor para as pessoas, o Estado.

Nos bastidores, a eleição disputada é outra, e independe de você, do seu vizinho, de mim.

É a estratégia da sobrevivência pessoal com tática divergente para parecer coletiva e geral.

É o futuro deles, essencialmente, que está em jogo; o voto é um detalhe.

Na campanha é que o ‘fator’ povo entra nas jogadas. E mais para ser convencido e dominado do que para ser obedecido.

O povo será compreendido não porque é essencial que seja atendido, mas porque sem isso o candidato não conquista o voto.

O povo. Não a pesquisa que retrata como é esse povo.

Espera-se tanto das pesquisas que o mais importante é esquecido: de quem se deve esperar mais é desse tal povo.

Ainda que outras pesquisas, mais aprofundadas, sirvam de arma para exatamente confundir, é o povo que ganha e perde eleição.

O fino do jogo está aí.

O povo somos nós.

Veja o relatório da pesquisa Grupom/Tribuna do Planalto

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .