Após três meses da inauguração do trecho norte da Ferrovia Norte-Sul, a via férrea passará por ajustes antes da entrada efetiva em operação. Por causa de vandalismo e da demora em sua conclusão.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou o funcionamento da linha entre Porto Nacional e Gurupi, ambos no Tocantins, mas condicionou a operação à conclusão dos consertos.
Esse segmento, de 220 quilômetros, é parte do trecho ligando Palmas (TO) a Anápolis (GO). A presidente Dilma Rousseff destaca alguns dos ajustes que serão feitos.
Uma vistoria da ANTT encontrou dormentes de madeira “inservíveis”. Embora tenham sido instalados em 2010, eles se estragaram por falta de manutenção de rotina durante uma fase da obra.
Uma das condições para a operação da linha é a substituição dos dormentes. Na semana passada, os que precisam ser trocados foram marcados com um “x”.
O estado de semiabandono facilitou também a ação de vândalos, que roubaram material de fixação, como pregos que prendiam os trilhos, e até mesmo os próprios trilhos. Houve até a tentativa de roubo de um guarda-corpo de uma ponte.
Os ladrões conseguiram soltar um lado, mas não repetiram o feito do outro. A estrutura ficou pendurada.
De acordo com a presidente Dilma Rousseff a partir dos reparos, testes serão feitos na Ferrovia Norte Sul.
A Valec informou que outro problema encontrado foi a demora na obra que fez surgir passagens clandestinas na ferrovia, informou a estatal Valec, responsável pela construção.
Todo o trecho está sendo revisto para eliminar esses cruzamentos ao máximo, pois eles forçam a redução da velocidade dos trens.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o porto seco de Anápolis será uma forma de integração multimodal, com grande transbordo de carga e descarga.
De acordo com Dilma, a integração do porto com a Ferrovia Norte-Sul viabilizará ainda uma alternativa para o transporte de produtos provenientes da Zona Franca de Manaus.
A presidente afirmou que a Norte-Sul será uma das grandes realizações do sistema ferroviário brasileiro, uma espécie de espinha de peixe: a integração dos trilhos com rios, rodovias e outros modais, para integrar o sistema de transporte brasileiro.