O mês de outubro de 2014 foi o mais violento do ano. Dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás indicam que ocorreram 258 homicídios. Até então, o mês com maior número de assassinatos era junho com 235.
Em Goiânia no mês passado foram contabilizadas 69 mortes, número inferior a junho quando ocorreram 77 homicídios.
O titular da delegacia de Homicídios, Murilo Polati avalia que o problema não é apenas de responsabilidade da área de Segurança Pública.
“É um problema muito mais complexo, é mais social do que de segurança pública. Não é fácil controlar. Não depende apenas das forças policiais, contamos com o judiciário para conter os criminosos presos e que são condenadas e estão nas ruas. Somente políticas públicas de todas as esferas é que conseguiremos vencer”, destaca Murilo Polati.
O delegado entende que outro problema que dificulta a diminuição de homicídios é o tráfico de entorpecentes.
“Outro problema é o Crack, é o câncer da sociedade. Nós não temos dúvidas que com o advento desta droga tão barata e lesiva tivemos um acréscimo de mortes motivado pelo tráfico de entorpecentes”, ressalta.
A meta estabelecida para o ano de 2014, considerado “o ano da Segurança Pública” pelo governador Marconi Perillo (PSDB), era de reduzir em 10% o número de homicídios até dezembro, em relação ao total registrado em 2013. Pelos números dificilmente a meta será atingida.
O número de homicídios dolosos é o mais alto desde quando o Relatório Estatístico de Ocorrências de Alta Prioridade, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás passou a ser elaborado em 2011.