A diretoria do Goiás Esporte Clube escolheu dois culpados para a acentuada queda de rendimento da equipe no Campeonato Brasileiro. De um acesso encaminhado, o Verdão vive o medo de deixar escapar pelos dedos, sua vaga para elite do futebol nacional em 2026. A maioria da torcida também elegeram Lucas Andrino e Vagner Mancini como os ‘vilões’ do momento. Ambos foram demitidos na Serrinha.
É fato que Lucas Andrino foi o diretor de futebol na história do Goiás, que mais teve dinheiro para montar um elenco. Chegou o ano passado e não conseguiu nenhum objetivo traçado. Na atual temporada, contou com cerca de R$ 8 milhões mensais no departamento de futebol profissional e montou um elenco bem questionável para um Brasileiro de Série B. Seu trabalho poderia ter sido bem melhor.
O técnico Vagner Mancini que assumiu após a demissão de Jair Ventura, conduziu o Goiás em uma campanha elogiável no 1º Turno: com 64,91%, a equipe goiana foi o 1º colocado até a metade da competição. No returno veio a queda de rendimento: 36,46% e apenas a 15ª campanha entre os 20 clubes da Série B. Na sua mãos, a equipe estagnou. Oscilou com problemas defensivos, sem um homem de armação e um ataque ineficiente.
Vagner Mancini e Lucas Andrino não foram demitidos sem motivos. A Conselho do Goiás – seja administrativo ou deliberativo – tomou uma decisão buscando dar um sacode no ambiente. Já anunciou a contratação de Fábio Carille, técnico com passagem por grandes clubes do Brasil e que é o atual campeão da segunda divisão, comandando o Santos.
Só que existem mais culpados pela fase do Goiás. Eles ainda estão na Serrinha e vão ficar por lá, até o final do Campeonato Brasileiro. E não estou falando dos dirigentes – quem também tem parcela significativa da responsabilidade. Destaco os jogadores que de forma inexplicável, deixaram de jogar e seria uma análise muito rasa – despejar a culpa, apenas, em Mancini e Andrino.
Não vou entrar aqui em detalhes que circulam nos bastidores como os são os casos de premiação e relacionamento dentro do elenco. Cito por aqui, a queda de rendimento inexplicável, que acaba dando margem para as referidas teorias. Tadeu, Messias, Lepo, Juninho, Marcão, Rafael Gava, Moraes, Anselmo Ramon e outros atletas mais experientes, precisam chamar a responsabilidade – com o risco de entrarem para história do Goiás como parte de um ano fracassado: a campanha no Goianão e a decepção na final da Copa Verde – já machucaram muito o torcedor.
Que conselheiros, diretorias e dirigentes saibam cobrar e não passar a mão na cabeça. Lá no final, os jogadores e o técnico, que serão celebrados em caso de acesso. Agora se o time ‘morrera na praia’ – a culpa vai cair no colo de quem ficar para apagar a luz.

