08 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 27/01/2013 às 20:22

2014 pode ter chapas como em 2010, em Goiás

A Tribuna do Planalto destaca na edição desta semana que a oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB) deve ser apresentada com duas chapas, repetindo a situação de 2010, em texto Daniel Gondin.

 

Veja:

Oposição a Marconi pode ter mais de uma candidatura

No bloco de oposição a Marconi Perillo, a disputa pelas vagas na chapa majoritária ainda depende da formação que o grupo terá para 2014. Se houver uma união geral, o agrupamento também sofrerá com o excesso de nomes, mas caso a terceira via de Vanderlan Cardoso (sem partido) e Ronaldo Caiado (DEM) decida por uma candidatura própria, as vagas devem ser preenchidas de maneira mais tranquila. 

Hoje, a tendência é que haja mesmo duas chapas de oposição para enfrentar a base aliada. Vanderlan, Caiado e o ex-secretário da Fazenda no governo de Alcides Rodrigues (PP), Jorcelino Braga, continuam a articular e, ao que tudo indica, devem bancar mesmo um candidato ao governo. Além disso, a informação que surgiu nos últimos dias é que o empresário Júnior do Friboi, vice-presidente regional do PSB, também deve integrar a chamada terceira via (leia mais na coluna Linha Direta, na página 2). 

Se isso acontecer, a união total da oposição cai por terra. Com a terceira via articulada, restará a ela apenas definir os cargos dos três principais nomes. Com isso, PT e PMDB teriam mais facilidade para construir uma chapa, já que só as duas siglas teriam condições de indicar lideranças para os cargos de governador, vice e senador.

Na teoria, petistas e peemedebistas teriam, atualmente, sete nomes com possibilidades de estar na chapa majoritária. O principal deles – e maior incógnita também – é o do ex-prefeito de Goiânia e candidato derrotado ao governo em 2010, Iris Rezende (PMDB). Com 79 anos completados em dezembro, ele ainda é o grande nome da oposição e, por isso, é sempre lembrado para a corrida pelo Palácio das Esmeraldas.

O grande problema é que, por causa da idade, não há certeza se Iris consegue aguentar o ritmo de uma campanha como a de governador, que exige viagens diárias a municípios do interior. Outro fator é que, ainda que discretamente, há, principalmente dentro do PMDB, uma ala que defende um nome mais jovem. O líder peemedebista é um incentivador da renovação, mas, ao mesmo tempo, espera que os mais novos mostrem força para viabilizar a indicação de um deles.

Renovação

No PMDB, os nomes que surgem são os dos deputados estaduais Daniel Vilela, Wagner Siqueira, o Waguinho, e Sa­muel Belchior. Os dois primeiros atuam na Assembleia Le­gislativa desde 2011 e são os prin­cipais nomes na legenda na casa, tendo como principal objetivo fazer oposição ao governador Marconi Perillo. Com isso, podem assumir um papel de mais destaque para chegar à chapa majoritária. 

Samuel, que está na segunda legislatura, ficou um período afastado, pois ocupou cargo na prefeitura de Goiânia entre 2011 e 2012. Ele, porém, lutou para ser vice na chapa de Paulo Garcia (PT) para a prefeitura de Goiânia, mas foi preterido. No entanto, saiu com a garantia de que seria escolhido para presidente do diretório regional do PMDB, o que de fato aconteceu.

Como presidente estadual, Belchior tem a incumbência de preparar a sigla para a eleição de 2014. Mais do que isso, o cargo, obtido com a benção de Iris Rezende e da deputada federal Iris Araújo, é o teste ideal para saber se o peemedebista tem condições de, no futuro, pleitear um lugar na chapa majoritária. 
Daniel e Waguinho, por sua vez, estão ainda na primeira legislatura, mas também têm predicados. O primeiro é filho do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), que já foi governador e senador. Já o segundo foi presidente da Comurg e será secretário de Habitação em Goiânia, cargo de visibilidade. Além disso, tem como principal característica um bom diálogo com a população. 

No PT, os nomes da vez são os dos prefeitos de Goiânia e Anápolis, Paulo Garcia e Antônio Gomide, respectivamente, e o deputado federal Rubens Otoni. Com o desempenho nas eleições municipais de 2012, os petistas saíram fortalecidos e acreditam que têm condições de indicar até a cabeça de chapa.
A situação, porém, pode não ser tão simples. O PMDB, que apoiou a candidatura de Paulo em Goiânia, cobra apoio a um peemedebista para o governo. Isso não impede, entretanto, que os petistas estejam em outros cargos, ainda mais se a terceira via realmente lançar uma chapa, deixando PT e PMDB para indicar até dois nomes.

Rubens, por exemplo, já está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados e teria a intenção de disputar o Senado. O petista até lançou na quinta-feira, 24, o seminário“Goiás de Todos nós” (veja matéria na página 8), programa que vai percorrer os municípios de Goiás com o objetivo de sugerir novas ideias para o desenvolvimento do Estado. 

Já o interesse de Paulo e Gomide seria mais na indicação para o governo, já que, dificilmente, ambos deixariam as prefeituras de Goiânia e Anápolis para ser indicados a vice ou ao Senado. Mesmo assim, o nome de ambos para concorrer ao Palácio das Esme­raldas ainda é estimulado, principalmente por aliados mais próximos. (Com informações da Tribuna do Planalto e texto de Daniel Gondin)

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .