07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 27/05/2020 às 11:40

O sucesso do escalonamento depende da sua consciência

Que vivemos uma realidade jamais imaginada – nem mesmo em filmes de Apocalipse Zumbi-, é fato. O mundo foi pego de surpresa e sem qualquer planejamento para lidar com a nova ameaça, e é neste momento que como cidadãos iremos separar os  líderes e os medíocres, o que praticam empatia e os que pregam o egoísmo reafirmando ser apenas uma gripezinha. Ocorre que uma gripezinha jamais pararia o mundo e fecharia comércios com objetivo de isolar pessoas para conter o avanço da doença.

Pois bem, é justamente a economia que tem politizado a crise sanitária. Comércios precisam ser abertos, empresários questionam decretos e assim o debate se estende. Mas o que fazer? Como seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde e manter a roda da economia girando? Solução? Debater, ouvir e chegar a um consenso. Não é fácil. São gregos e troianos.

Em Goiânia, que chegou a bater 65% de isolamento social, o diálogo foi aberto. O Município chamou a classe empresarial em busca de um acordo e dele veio o decreto que prevê escalonamento de horários com objetivo de diminuir a aglomeração de pessoas em terminais de ônibus nos horários de pico, geralmente pela manhã e no final da tarde.  O documento, que começou a valer no dia 20 de maio, diz ainda que não há flexibilização no funcionamento das atividades econômicas que estejam proibidas conforme a legislação estadual, que manteve o fechamento dos shoppings e da rua 44, por exemplo, em 19 de abril. Esse é mais uma discussão que segue em aberto.

Para falar no sucesso do escalonamento, é necessário, antes de qualquer coisa, trazemos ao debate a consciência das pessoas enquanto sociedade em busca do bem coletivo e enfrentamento conjunto do problema, já que, alguns entenderam que, para atingir os seus objetivos pessoais, decisões conjuntas e esforços dos gestores de nada valem. Decretos assim, não passam de meras escritas em papéis se não houver dentro de cada um de nós a certeza da razão pela qual devemos cumprir as regras.

É necessário consciência, principalmente de quem está no topo da pirâmide que determina aos trabalhadores os horários que devem bater o ponto – esses sem opção, seguem as regras do jogo.  É necessário que a classe empresarial goianiense se adeque à realidade.

O sucesso das decisões não sairão do papel se nós, enquanto cidadãos, não tivermos senso de coletividade. Parafraseando centenas de pessoas: A economia recuperamos com trabalho, vidas não. O diálogo foi aberto. Pratiquem.