Metade do eleitorado goianiense reprova a administração de Marconi Perillo (PSDB) no governo de Goiás (48,3% de ruim e péssimo). A informação, divulgada pelo jornal O Popular, a partir de pesquisa feita pelo Serpes, mostra uma situação preocupante para os interesses políticos do administrador. No levantamento feito com o eleitorado de Goiânia, divulgado em 09/06 a reprovação era de 29,45%.
Por que metade dos goianienses reprovariam o governador?
Para responder a esta pergunta, é necessário observar o que aconteceu nos últimos meses.
Houve uma ten
tativa de elevar a imagem do governador entre os eleitores da capital com o anúncio de obras (viadutos) e serviços (governo itinerante). No entanto, os dados mostram que a iniciativa foi mal sucedida.
Em junho, as manifestações feitas na capital, acompanhando o que acontecia em outros Estados, tinham foco em Marconi Perillo, ou seja, reapareceu a expressão #foramarconi e tudo que ela representou no ano de 2012. É fato que deu errado a tentativa do governador de se desvincular das manifestações de junho. Marconi colocou a PM para entregar flores, afirmou que era favorável às manifestações, mas jamais fez mea culpa ou admitiu ser um dos alvos.
Se havia uma sinalização de que a imagem do governador poderia melhorar na avaliaçaõ do goianiense, conforme mostrou pesquisa do Serpes divulgada em 09/06, o que apareceu foi uma impressão inversa.
Em síntese, se Marconi Perillo poderia utilizar o ano de 2013 para consolidação de uma imagem mais positiva, o ano retornou para a recuperação.
Os dados permitem avaliar que é muito provável que o governador, se for candidato à reeleição, poderá não receber uma boa votação na capital.
O jogo eleitoral, então, para ele será de buscar a diferença no interior. E isso já aconteceu outras vezes.
Na eleição de 2010, a votação de Anápolis para Perillo anulou a derrota sofrida na capital.
Oposição
As informações da pesquisa, ao mesmo tempo, permitem que a oposição entenda que o foco no interior é a prioridade número um para as ações dos grupos que pretendem derrotar Perillo.
E não basta fazer reunião de duas horas e depois ir embora. Este é o caminho da derrota.
É preciso construir iniciativas que conquistem o eleitor para o chamado projeto da oposição, para que ele entenda o quanto a alternância de pode vir a ser importante para o Estado.
Mais inteligência, menos amadorismo, e menos achismo é o único caminho para quem quer tirar Marconi e seu grupo do poder.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .