Convenhamos, o vereador Santana Gomes é de baixa expressão política no Estado de Goiás. Ele tem um discurso sobre Cachoeira e as situações políticas que pode ser entendido de um jeito peculiar: vai da honestidade extrema à insanidade, ou algo parecido.
Dizer que Carlos Cachoeira não se interessava por política está na linha da insanidade. Ao dizer que o jeito extrovertido pode causar problemas para ele e para os amigos, beira a honestidade. E vai causar mesmo. Ele corre o risco de perder o mandato, mas o eleitor não se envolva muito com isso e nem crie muitas expectativas.
O caso dos vereadores de Goiânia é muito menor do que tudo que está em jogo. Um exemplo é Cida Garcez, que queria ajuda para não bater ponto e pedir ajuda de Carlos Cachoeira para influenciar o secretário Alexandre Baldy, da Indústria e Comércio do Estado de Goiás.
A abordagem sobre os vereadores de Goiânia só desvia o foco do que é mais grave em todo esse processo: o envolvimento, as negociações que precisam ser esclarecidas, as dúvidas sobre recursos transferidos no curso do governo, e, inclusive, do financiamento da campanha de 2010.
Há sinais de que o governo de Goiás vai ter secretários afastados, ou com pedido de demissão (é a mesma coisa) numa tentativa da administração superar a crise.
Será que vai conseguir?
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .