O futuro político do Brasil está travado em pautas que suscitam polêmica sem apontar caminho seguro.
A lista de Rodrigo Janot, a economia do Brasil de Michel Temer, o futuro da Lava Jato, a reforma política e o conceito de Caixa 2 (do bem e do mal) – tudo isso importa, nada disso tem solução fácil.
Ninguém está imune aos desdobramentos desses casos. Pior para quem está envolvido diretamente em corrupção. Além de não ser candidato, pode ir para a cadeia.
Mas quem não corre esse risco também tem com que se preocupar.
As três candidaturas postas em Goiás hoje, por exemplo, mais dependem do que vai acontecer do que está acontecendo.
Isso significa que o trabalho de campanha agora cumpre um ritual básico de quem quer e busca se mostrar apto ao jogo. Porém, não é isto que vai decidir quem será candidato, muito menos os favoritos.
Ronaldo Caiado (DEM) depende de aliança que envolvem o PMDB, que depende de tudo, principalmente do desempenho de Temer, que depende de como o PSDB vai se posicionar para saber se tem ou não tem sustentação.
Inverta o sentido político da frase e o resultado será o mesmo. Há muitos caminhos, e poucas saídas imaculadas para todos. Ou nenhuma. José Eliton (PSDB) depende bastante, assim como Daniel Vilela depende muito.
A dependência alimenta o ambiente explosivo, já eleitoral, por naturalmente colocar todos aqueles que vivem da política em situação de espera.
A expectativa de poder, de perda de poder, de nada poder, faz a ansiedade tomar conta de corações e mentes pelo Estado.
A previsão para os próximos dias segue, então, em ponto de fervura: a campanha vai se intensificar, assim como a angústia de quem sabe que, a qualquer momento, tudo pode mudar.
Não fazer nada nunca é opção para quem pelo menos sonha em vencer.