O Goiás Esporte Clube tinha Dorival Júnior como prioridade para comandar a equipe em 2022. O desejo de contar com o técnico que tem no currículo passagens por gigantes do futebol nacional foi expressado pelo presidente esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro. Ele conduziu a negociação, que não terminou com um acordo.
A opção no Verdão passa a ser a contratação de um técnico estrangeiro. Algo já adotado nas últimas temporadas por vários clubes do Brasil. Só para se ter uma ideia, dos time que vão disputar o Campeonato Brasileiro da Série A, cinco (25%) contam com profissionais de outros países.
Flamengo (Paulo Sousa), Palmeiras (Abel Ferreira), Internacional (Alexander Medina), Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda)e Coritiba (Gustavo Morínigo). O Atlético Mineiro, atual campeão, negocia com Jorge Jesus e Carlos Carvalhal – dois portugueses.
O mercado sul-americano e também europeu está sendo observado pelo Goiás que sempre foi um clube com o ‘pé atrás’ em relação a buscar nomes no exterior. Os exemplos mal sucedidos trouxeram trauma aos dirigentes.
Nos últimos anos foram contratados jogadores caros e de pouca qualidade. Keko. Loyola, Ignácio Jara, Quevedo, Pintado e Salazar, os últimos a passar pela Serrinha. Nenhum teve sucesso.
Mas porque existem jogadores argentinos, paraguaios, colombianos, uruguaios em outros clubes do Brasil que conquistam sucesso?
Aí entra a capacidade de quem contrata. Pessoas que já se especializaram em acompanhar o mercado do exterior e por isso errando pouco na escolha dos atletas. Eles também dão tempo necessários aos profissionais que na maioria dos casos, tem dificuldades de adaptação.
Fortaleza
É inevitável as comparações dentro do futebol. Em 1995 o Athletico Paranaense era do tamanho do Goiás. Mais de duas décadas depois o Furacão foi embora e parece impossível o Verdão alcançar os feitos conquistados pelo rubro negro. No momento chama a atenção o que vem fazendo o Fortaleza. Que não é maior que o Goiás, mas que atravessa uma fase que é cobiçada pelo torcedor alviverde.
Imagina a felicidade de ver seu time disputando uma Copa Libertadores da América. Jogando boa parte dos seus jogos em um estádio com mais de 40 mil pessoas e contando com quase 30 mil sócios torcedores. É isso que os fãs do Goiás querem.
O Fortaleza que é um dos clubes emergentes do futebol brasileiro, buscou um técnico estrangeiro – o argentino Juan Pablo Vojvoda, que chegou e deu certo. Foi campeão cearense, semifinalista da Copa do Brasil e quarto colocado na Série A em 2021.
Um técnico não tão badalado e que chegou dentro da realidade financeira do clube cearense, que não ficou pedindo grandes contratações e que contou com um elenco sem grandes estrelas.
Esse é o perfil que o Goiás procura.