22 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 10/11/2023 às 11:45

O mote de Iris Rezende na sua última gestão, Goiânia do seu jeito, está atual e vivo na memória, como ele

O uso em vão do nome de Iris é a máscara que não engana o eleitor goianiense. Foto: ABC Digital
O uso em vão do nome de Iris é a máscara que não engana o eleitor goianiense. Foto: ABC Digital

Lembro que todas as peças de mídia da prefeitura de Goiânia nos últimos quase dois anos tinham um conceito básico: Goiânia estava ficando no jeito. Goiânia, claro, tem jeito. O jeito de Iris, o jeito certo para uma boa gestão é o jeito que a população quer e precisa. A sacada partiu da Casa Brasil, uma das agências que ainda cuida da prefeitura.

Tudo a ver com o que Iris tinha se proposto na campanha e logo que assumiu a gestão, sua quarta: arrumar a casa, reorganizar as finanças, retomar o ritmo e o rumo que imprimira principalmente de 2005 a 2010 na prefeitura. Ele repetia sempre que só foi candidato, em 2016, porque se sentia responsável pela desarrumação que sobreveio após sua saída. Era sua sina e o seu destino.

Dois anos após sua morte, o que vemos é que Iris está mais vivo do que nunca na política goiana, e a expectativa dos eleitores segue a mesma de quando ele foi eleito pela última vez, segundo mostram pesquisas qualitativas. Goiânia anseia por um prefeito que tenha seu jeito de gestor e que dê jeito na bagunça estabelecida.

Não há dúvida de que Goiânia tem jeito. Assim como está claro que um pré-candidato ou candidato que emule e projete seu jeito entra com boa vantagem na campanha. Daí que Iris seja referência para quase todos, com direito a lembranças dos nomes na disputa que evoquem o máximo de intimidade com ele. Verdade essa intimidade. Não importa. Importa dizer.

E este é o principal ponto. Não basta citar Iris, usar seus motes e louvar sua farta herança política. É preciso ser, em vez de tentar parecer ser. A população reconhece o charlatanismo, o falso testemunho e a falácia dos elogios eleitoreiros. A história mostra isso. A deferência a Iris sem o respeito a Iris, assim como a incorporação de seu nome sem que a prática prove a justa semelhança, é tiro n´água, nem reverbera.

Iris continua muito vivo porque Goiânia segue viva para todos que a amam. Os dois se interconectam como almas gêmeas. No jeito e nos trejeitos. O uso em vão do nome de Iris é a máscara que não engana o cidadão e o eleitor goianiense. Iris sempre foi leal e verdadeiro com os goianienses. Um homem de caráter. A relação mútua sempre foi de pura e longeva honestidade. Desonestidade não faz o gestor nem a cidade.

“Goiânia tá ficando no jeito

e o coração mal cabe no peito”

Salve, salve André Pupulin!

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).