Um nome de peso para assumir o futebol do Goiás Esporte Clube seria o de Paulo Autuori que se desligou recentemente do Atlético Paranaense.
Mas a diretoria não deve ter se quer cogitado um profissional com essa qualidade.
Os primeiros nomes para reforçar o elenco são de jogadores sem grande expressão, mesmo com a agremiação possuindo um orçamento de Série A.
Quando analiso o Goiás tenho um pensamento de grandeza. Aguardando um nome de referência para sua gestão de futebol e nomes de qualidade para vestir uma camisa tão importante.
Talvez seja apenas a minha imbecil mania de olhar para o Verdão e enxergar um clube grande e que poderia fazer frente, ou na pior das hipóteses sendo uma pedra no sapato dos maiores do Brasil.
Só que as atitudes na Serrinha nas últimas temporadas fizeram com que a agremiação caminhasse para trás. Atitudes parecidas estão sendo novamente tomadas, como por exemplo o tão contestado colegiado, agora tem uma nova versão (com outras pessoas) e um novo termo: “Gestão compartilhada”.
Uma das minhas principais referências no rádio esportivo é o comentarista Evandro Gomes, que na programação da Rádio 730 definiu bem o que vem sendo arquitetado dentro dos muros esmeraldinos: O Goiás virou o “Clube da Amizade”.
Só para trazer um fatos que fortalecem esse conceito – o presidente Marcelo Almeida foi a casa de Harlei Menezes, seu amigo particular, convida-lo para fazer parte da sua gestão.
A proximidade de Harlei com Hélio dos Anjos não é segredo.
Túlio Lustosa que foi companheiro do ex-goleiro nos tempos de jogador, falou do amigo em sua apresentação como gestor de futebol. Harlei será o seu superior.
Já Túlio pela hierarquia está acima de Hélio dos Anjos que o lançou como profissional. Hélio que no passado foi sócio de Marcelo Almeida.
Como se pode perceber, são pessoas próximas e que possuem um forte elo de amizade. Um confia no outro – fato que de certa forma acaba contribuindo para um bom ambiente de trabalho.
Ser o campeão estadual e conquistar o acesso não é nenhuma tarefa do outro mundo para o Goiás, muito pelo contrário: É obrigação.
Que esse Clube da Amizade tenha competência para fazer o básico que é alcançar esses objetivos e trazer de volta a alegria ao coração do castigado torcedor esmeraldino.
Marcelo Almeida
Se aceitou o desafio de ser presidente do Goiás, deveria ter tempo para a função. No caso ajustar sua vida profissional e empresarial para dedicar tempo ao clube e suas várias necessidades.
Harlei Menezes
Um ídolo como jogador. Como gestor não teve sucesso em suas passagens e cometeu um deslize ao denegrir a imagem do ex-presidente Sérgio Rassi.
Agora na função de assessor direto de Marcelo Almeida, será em muitos momentos o presidente do Goiás.
O tempo vai dizer se ele está qualificado para o cargo e responsabilidade da função.
Túlio Lustosa
Vai para sua grande oportunidade após pendurar as chuteiras. Tomara que tenha a autonomia para tomar decisões e que o alto comando não interfira em suas ideias como foi feito com Harlei na sua passagem no futebol da Serrinha.
Hélio dos Anjos
O tempo passa e o técnico segue com seu estilo extremamente profissional. Qualidade que ele traz desde 1995 quando passou pela primeira vez no Goiás.
Uma pequena prova é o fato de começar a pré-temporada para 2018 já no dia 27 de dezembro. Hélio não é preguiçoso. Em outros tempos no Goiás a apresentação aconteceria só no dia 4 de janeiro.
É o mais capacitado dos chamados “amigos”. Tem identidade com a instituição e trabalha para levar o Goiás de volta ao patamar que merece.
Terá que provar que não tem a chamada data de validade, tão comentada pela imprensa e torcida.
Pra mim é o nome certo neste momento para um clube que segue perdido em busca de um rumo.
Hélio pode ser o farol.